O Personagem Central no Culto Cristão
No último dia 21 fiz aniversário. Completei 45 anos de vida,onze deles como pastor desta igreja. Mui carinhosamente, no domingo passado, logo depois do culto, os irmãos me fizeram uma surpresa, com direito a bolo, cartão e presente. Fiquei muito sensibilizado. Realmente não esperava. Aliás, quero aproveitar o espaço aqui para agradecer.
Geralmente, em datas como o meu aniversário ou o Dia do pastor, o Dia das Mães e o Dia dos Pais, as pessoas me perguntam por que nossa igreja não faz cultos comemorativos. Afinal de contas, é comum no meio batista a realização de “cultos de gratidão a Deus” pela vida de fulano ou beltrano.
Nossa resposta é muito simples. Tudo o que fazemos na igreja deve ter uma base teológica. Qualquer detalhe do que é realizado aqui precisa de um fundamento doutrinário que o justifique. Isso inclui o culto como um todo e cada um dos itens que o compõem.
Diante disso, lembramos que existe uma “teologia do culto” e um dos princípios fundamentais dela é que durante a adoração, somente o Deus Trino deve ser enaltecido e honrado; somente os atributos e feitos dele devem ser destacados, promovendo a admiração e devoção de todos (Is 63.7).
Assim, nenhum pedacinho do lugar de Deus no culto pode ser cedido para exaltar quem quer que seja. A aclamação cultual é uma prerrogativa exclusiva do Senhor e ninguém pode tocar nela, sob o risco de transformar a adoração cristã num verdadeiro culto à personalidade.
É claro que não é errado homenagear pessoas. Porém, isso jamais deve ser feito durante o culto, pois, à luz da experiência, essas homenagens descaracterizam a verdadeira adoração, desviando os olhos das pessoas e fazendo-as dirigir seus aplausos para o palco dos homens e não para o trono de Deus.
Assim, agradeço as homenagens de domingo passado, mas acima de tudo agradeço a Deus por ter dado aos irmãos percepção doutrinária para não celebrar mais um ano deste pobre pecador durante o culto devido somente ao Supremo Pastor.
Pr. Marcos Granconato
Soli Deo gloria