Carvão Mineral: o Legado Energético do Dilúvio
Segundo a visão uniformitarianista-evolucionista, o carvão mineral foi formado há mais de 300 milhões de anos por meio do soterramento, compactação e elevação de temperatura e pressão de grande quantidade de material orgânico vegetal em turfeiras ou pântanos. Todavia, essa teoria apresenta dificuldades de harmonização com as evidências geológicas disponÃveis. Já o catastrofismo, por meio do dilúvio que sobreveio à geração de Noé, parece explicar melhor a origem das vastÃssimas jazidas de carvão mineral espalhadas em todo mundo.
A Austrália é um dos maiores produtores de carvão mineral do mundo. E sua exploração, como na bacia de Gippsland, permite-nos avaliar caracterÃsticas dessa enorme jazida que se opõem à visão uniformitarianista. A primeira objeção é que não há sinal de solo sob o carvão como seria esperado caso a vegetação crescesse, morresse e se acumulasse em um pântano. Ao invés disso, o carvão repousa sobre uma espessa camada de argila que não contém raÃzes como deverÃamos encontrar.
A segunda objeção é que há distintas camadas de cinzas vulcânicas que correm horizontalmente entre o carvão. Se a vegetação tivesse crescido em um pântano, essas camadas de cinzas não estariam presentes, pois as plantas pantanosas, após cada erupção vulcânica, recolonizariam, com o passar do tempo, as cinzas depositadas, transformando-as em solo.
Outra objeção importante é que a vegetação encontrada no carvão não é do tipo que se observa hoje em pântanos. Ao contrário, é o tipo de vegetação encontrada em florestas tropicais das montanhas, como nas da ilha da Nova Guiné, entre 1.200 e 2.200 metros acima do nÃvel do mar. Ainda relacionado à vegetação, grandes troncos de árvores quebrados e distribuÃdos em diversas orientações nas jazidas de carvão não são consistentes com a ideia de um acúmulo lento em um pântano, ao longo de milhões de anos, mas indicam um catastrófico e violento transporte de árvores pelas águas do dilúvio.
Por último, dentro das camadas de carvão existem ricos estratos de pólen de até meio metro de espessura, dificultando a noção de que tanto pólen pudesse acumular gradualmente em um pântano sem que também fosse dissipado ou recolonizado pela vegetação, o que o transformaria em solo. Todavia, a água corrente do dilúvio poderia separar a vegetação em seus diferentes componentes, incluindo o pólen, resultando em camadas como esse peculiar e espesso estrato que permeia a jazida.
Recentemente, a utilização do carvão mineral tem sido largamente criticada por causa da poluição e agravamento do efeito estufa. Todavia, podemos olhar para as ainda vastas jazidas de carvão mineral como uma lembrança de como Deus, simultaneamente, destruiu os homens rebeldes, contemporâneos de Noé, e graciosamente providenciou um importante recurso energético para a preservação das gerações pós-diluvianas até os dias atuais. E, ainda mais relevante para os crentes de hoje, podemos olhar para todo esse carvão como um lembrete da purificação espiritual a que somos chamados por Deus para o exercÃcio de sua obra santa, assim como procedeu com o profeta IsaÃas:
Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado (Is 6.5-7).
Ev. Leandro Boer
Â