Sábado, 12 de Outubro de 2024
   
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Vaga-Lumes Não Trazem Luz ao Evolucionismo

Muitos finais de tarde de minha infância foram dedicados à captura de vaga-lumes em frascos de vidro de maionese vazios. Aqueles curiosos insetos nos fascinavam e o espetáculo era ainda mais bonito quando sobrevoavam a mata sem postes de luz por perto. A espécie de vaga-lume (ou pirilampo) que víamos era provavelmente a Lampyris noctiluca, a mais prevalente em nosso país, na qual apenas os machos são alados.

Além dos vaga-lumes, muitas outras criaturas produzem sua própria luz a partir de um processo químico chamado de bioluminescência, em que uma molécula com capacidade de emitir luz fria é oxidada pela ação de uma enzima chamada luciferase — com eficiência até superior a lâmpadas fluorescentes e de LED. Insetos, centopeias e milípedes, caracóis, minhocas, equinodermos, fungos, peixes, lulas, cogumelos e alguns micróbios produzem luz. Trazendo mais complexidade ao tema, algumas criaturas bioluminescentes não podem produzir sua própria luz, mas dependem de outras para fazer o trabalho por meio de um processo conhecido como simbiose, como acontece com vários gêneros de lulas que usam bactérias para produzir sua luz. Além disso, alguns predadores oceânicos são bioluminescentes, mas são incapazes de produzir sua própria luciferina. Eles têm todos os órgãos e enzimas necessários, mas precisam obter a luciferina se alimentando de organismos marinhos que a possuem.

A bioluminescência tem sido descrita para muitos fins: acasalamento, atrair presas, distrair predadores e comunicação. Em alguns casos, o uso é desconhecido, como em alguns tipos de cogumelo, em que sua bioluminescência pode atrair insetos para comer as porções luzentes onde não estão os esporos que precisam ser espalhados. E as desvantagens para sobrevivência não param por aí, pois no caso do vaga-lume, sua luz, sim, o auxilia no processo de acasalamento, mas traz uma fatal desvantagem de os identificar mais facilmente para lagartixas, uma de suas predadoras!

Segundo a hipótese mais proeminente do evolucionismo, a bioluminescência surgiu como um mecanismo de proteção antioxidativa após a fotossíntese ter vindo à existência, causando crescente aumento de oxigênio na atmosfera. Todavia, a teoria possui dificuldades reconhecidas — inclusive por evolucionistas —, pois há várias outras enzimas oxidativas que não seriam tão energeticamente dispendiosas como o complexo luciferina-luciferase para lidar com o excesso de oxigênio. Além disso, os atuais níveis de oxigênio da atmosfera não são prejudiciais, mas necessários para alguns organismos bioluminescentes e as variantes da luciferase são tão grandes, mesmo dentro do mesmo filo, que impossibilita o estabelecimento de uma origem evolucionária comum plausível para o fenômeno. Até mesmo a integração do sistema nervoso, o código genético, a luciferina e a luciferase, bem como a comunicação luminosa entre o vaga-lume macho e fêmea, são críticos para a teoria da evolução, pois tal situação nos leva facilmente a um quadro de “complexidade irredutível” que só se faz possível tendo o surgimento simultâneo de todos os componentes — como o que aconteceu, de fato, pelas mãos do Criador.

Quanto às pressuposições centrais do evolucionismo, seus proponentes devem assumir que todas as características que observam devem servir (ou ter servido) algum propósito de sobrevivência. Entretanto, a predação dos vaga-lumes pelas lagartixas, justamente devido à sua bioluminescência, traz um “apagão” para essa premissa evolucionista. Quanto às funções desconhecidas da bioluminescência, talvez a descubramos algum dia ou talvez nem existam além da intenção de Deus adornar sua criação para sua própria glória. Os cristãos podem glorificar a Deus pela busca de explicações científicas, ou apenas contemplando a beleza da criação.

Jesus Cristo nos ensinou (e ordenou) que seu rebanho brilhe Sua luz. Nós, por nossos próprios méritos e esforços, não podemos brilhar sozinhos e dependemos inteiramente do nosso Senhor para que cumpramos suas ordens (Jo 15.5). Ao invés de sermos bioluminescentes, somos, pelo poder do Espírito Santo, “Cristoluminescentes”:

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus (Mt 5.14-16).

Ev. Leandro Boer

 

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