Pão de Açúcar: um Monumento ao Dilúvio
O Brasil possui um dos cartões-postais mais famosos do mundo: a Enseada de Botafogo com o morro do Pão de Açúcar ao fundo, de quase 400 metros de altura. O morro, um imenso bloco de granito localizado na entrada da baía de Guanabara, pode ser visitado utilizando-se o terceiro teleférico construído no mundo, em 1912.
O Pão de Açúcar é conhecido geologicamente como um inselberg (do alemão, “ilha montanhosa”), que é uma proeminente saliência residual isolada, colina ou pequena montanha de circunvalação, geralmente suavizada e arredondada, subindo abruptamente e cercada por uma superfície de erosão plana e extensa. Daí vem a associação com a ilustração de uma ilha, pois a superfície terrena plana que o circunda se assemelharia ao “mar” ao redor de uma ilha.
Inselbergs como o Pão de Açúcar e outros milhares espalhados no mundo intrigam os cientistas seculares por causa da notável menor erosão comparada à paisagem circundante, muito erodida, em centenas de metros, durante supostos milhões de anos. Pelo raciocínio geológico convencional, a relativa baixa erosão dos inselbergs durante milhões de anos, em um modelo uniformitarianista, não é facilmente explicável. Dessa forma, como explicar que o Pão de Açúcar não tenha se tornado um “Pão Sírio” ao longo de milhões de anos de uma erosão constante e por igual?
Todavia, o dilúvio universal, como o relatado no livro de Gênesis, ajuda-nos a compreender como os inselbergs se formaram. À medida que os continentes do mundo foram elevados das águas do dilúvio global, eles foram também grandemente erodidos. Durante essa erosão massiva e rápida, as rochas que não foram pulverizadas foram transportadas por centenas de quilômetros em direção aos oceanos.
O enorme poder da água recuada, fluindo sobre as superfícies por onde passava, deixou para trás grandes áreas planas conhecidas como superfícies de planalto, junto com as grandes escarpas costeiras, grandes pontes naturais e arcos. Logo, os inselbergs, que estavam enterrados no subsolo e feitos de um material mais resistente, “emergiram” na forma de estruturas altas à medida que o material ao seu redor, menos resistente, era erodido pela água que escoava para os oceanos.
Dito isso, o escoamento do dilúvio de Gênesis deixou milhares de inselbergs na superfície da Terra e esse fenômeno não pode ser explicado pela lenta erosão ao longo de milhões de anos.
Assim, os inselbergs não apenas servem como memorial da ira de Deus no passado, mas também como um alerta para a ira futura de nosso Senhor durante a Grande Tribulação. Apocalipse 6.12-17 revela-nos que, quando o sexto selo for quebrado, uma série de eventos celestiais e geológicos ocorrerá, incluindo a remoção de todos os montes e ilhas de seus lugares, tais quais o Pão de Açúcar.
Interessante notar que, depois de eventos como esse, os homens rebeldes, de todas as classes sociais, do mais pobre ao mais rico, do servo ao rei, esconder-se-ão em cavernas e dirão aos montes e rochedos: “Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6.16-17).
Bem, o carnaval carioca se aproxima e homens e mulheres incrédulos do Brasil e de todo o mundo festejarão e se entregarão aos seus prazeres sob o imponente e imóvel Pão de Açúcar. Todavia, o Pão de Açúcar de hoje será “Pão de Fel” no futuro e deveria ser para eles um terrível alerta, um cartão-postal de um juízo vindouro, para que um dia não clamem que sejam esmagados por essa grande rocha que sustenta bondinhos para turistas.
Para todos os outros, os crentes, salvos por Jesus Cristo, os inselbergs serão lembrados por sua doce função, assim como aconteceu com o apóstolo João, que, ao ser colocado sobre um grande e alto monte, pode descrever a chegada da cidade santa em que todos nós que cremos em Jesus iremos morar com Deus:
“E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu” (Ap 21.10).
Ev. Leandro Boer