Segunda, 07 de Outubro de 2024
   
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Por Que a Igreja é Importante?

Pastoral

Uma verdadeira campanha contra a relevância da igreja tem se estendido de uns tempos para cá. Geralmente quem a aquece e apoia são aqueles “crentes" que nunca deram certo em lugar nenhum e que agora, travestidos da velha e irritante "espiritualidade só de boca", dizem que preferem ser crentes em casa, onde seus olhos santos não precisam contemplar a hipocrisia dos igrejeiros. 

Esse discurso tão comum é, porém, absolutamente carente de amparo bíblico (e de honestidade!). Na verdade, à luz das Escrituras, com defeitos e tudo, a igreja deve ser objeto do zelo do povo de Deus que, ao percebê-la eventualmente maculada, deve perseverar na luta por protegê-la e aperfeiçoá-la, já que, conforme a Santa Palavra ensina, essa comunidade é crucial em inúmeros aspectos.

Surge, então, a inevitável questão: Por que a igreja é tão importante à luz do cristianismo autêntico?

Em primeiro lugar, a igreja é extremamente importante porque fornece o contexto em que ocorre cura substancial nos relacionamentos. É na igreja local que pessoas de diferentes idades, origens, etnias, culturas, formações e níveis sociais são convidadas a viver em plena harmonia, formando uma verdadeira família (1Co 1.10; 12.12-27; 2Co 13.11; Gl 3.28; Ef 4.1-3; Fp 1.27; 2.1-4; 4.2,3; 1Pe 3.8). E essa unidade tem como base a própria obra redentora de Cristo (1Co 10.16,17), de modo que quem atenta contra ela, se levanta, na verdade, contra um dos santos propósitos da cruz (Ef 2.13-19).

A importância da igreja também está no fato de ela ser o grupo em que o nível de comprometimento do crente dá na medida da sua saúde espiritual. De fato, João mostra como descobrir se alguém está andando na luz. Diz ele: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros…” (1Jo 1.7).

Isso é assim porque existe íntima ligação entre Cristo e a igreja, ligação essa em que ela é o “corpo” e ele, a “Cabeça” (Ef 1.22,23; 5.23; Cl 1.24). Desse modo, é impossível se afastar da igreja sem se afastar de Cristo; e o terrível Saulo descobriu, perplexo, que era impossível odiar e atacar a igreja sem, ao mesmo tempo, odiar e perseguir o próprio Senhor (At 9.1-5).

A igreja é vital também porque Deus determinou que ela fosse o celeiro onde o cristão pudesse encontrar alimento para crescer espiritualmente. Com efeito, nela o Senhor pôs pessoas com os mais diversos dons (Rm 12.4-8) para que, por meio deles, os santos se tornassem, aos poucos, semelhantes a Cristo e, maduros, não seguissem ensinos enganadores (Ef 4.11-14).

Além disso tudo, a relevância da igreja local é inegável porque ela é a organização responsável pela evangelização (At 13.1-3), pela formação e consagração de ministros da Palavra (1Tm 4.14; 2Tm 2.2) e pela redução do sofrimento dos servos de Cristo que padecem (2Co 9.1,2,12).

Finalmente, a igreja é importante porque é a guardiã da sã doutrina (1Tm 3.14,15). Como protetora de depósito tão precioso, levanta-se contra tudo o que se caracteriza por falsidade e não somente rejeita a fraude como também a desmascara.

A verdadeira igreja não dá boas-vindas às constantes novidades doutrinárias que dia após dia aparecem no cenário dito evangélico. Antes, protege o legado que recebeu dos antigos. A velha fé que habitou nos antepassados cristãos de seus membros é a mesma que hoje nestes também habita (2Tm 1.5; 3.14,15), os quais a conservam com zelo sem igual (Gl 1.8,9; 1Tm 1.18,19; 4.16; 6.11-14, 20,21; 2Tm 1.13,14).

Diante de tudo isso e de muitas outras coisas que a Bíblia ensina, será que um crente pode mesmo acreditar na falácia de que a igreja é uma “organização” inútil que deve ser evitada? Ora, por favor... 

Pr. Marcos Granconato
Soli Deo gloria

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