Segunda, 11 de Novembro de 2024
   
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Eu te Conheço, Sônia!

Pastoral

Conheço uma moça chamada Sônia que é membro de uma igreja batista. Ela é afeiçoada a conversas imorais e a desperdiçar tempo com futilidades. Ela também pratica com relativa frequência o que a Bíblia chama de “defraudação”, ou seja, ela “fica”, eventualmente, com rapazes (inclusive da igreja dela).

Por praticar essas coisas, Sônia esfriou muito na fé e sua vida cristã perdeu o vigor e o entusiasmo. A comunhão próxima dos irmãos passou a ser fonte de desprazer para ela e seu amor pela igreja morreu.

Seu pastor vive tentando falar com ela por todos os meios possíveis e imagináveis, mas Sônia não o recebe. Antes, vive se evadindo e evita ser abordada. Seus pais reclamam de sua mudança, mas a mente dela agora é impermeável: a água da Palavra não é absorvida mais por ela.

Se a Sônia fosse membro de uma igreja realmente zelosa, vou dizer o que ela faria: sabendo da possibilidade da disciplina bíblica, ela iria para uma igreja “mais light” ou “menos radical”. Notem bem: ela não se envolveria muito ali. Frequentaria apenas o suficiente para escapar da acusação de desvio.

Ela também tentaria levar um ou outro jovem consigo, pois o pecado precisa de companhia. A aprovação do cúmplice ajuda a conviver com a reprovação da consciência.

Pode parecer absurdo, mas a forma como as igrejas sérias funcionam leva algumas pessoas a usar desse expediente. Já vi isso muitas vezes, desde que comecei a aplicar a disciplina como o NT ensina.

O problema de crentes assim é que têm medo dos incômodos e constrangimentos da disciplina da igreja, mas não têm medo da disciplina de Deus. Pensam que, ao livrar-se da disciplina eclesiástica, escapam também da mão do Senhor. Que tolice!

A igreja é apenas um dentre os muitos instrumentos que Deus usa para punir. Aliás, é o instrumento menos doloroso. Se um crente foge da disciplina da igreja, Deus o punirá usando outros instrumentos muito piores. Porém, essas pessoas não têm temor do Pai. Acreditam que podem enganá-lo. Pensam que ele é alguém de quem podemos zombar e sair ilesos.

Ademais, quem age assim mostra que ama o pecado mais do que a igreja em que foi colocado por Deus. Deixa de nutrir a comunhão com ela para poder nutrir, com mais tranquilidade, a comunhão com Satanás e suas obras.

Elas também amam o pecado mais do que ao Senhor que as salvou. Por isso, para elas é fácil abrir mão de tudo: amizades, lembranças, histórias, bênçãos... menos abrir mão da iniquidade que as faz murchar como uma rosa plantada na areia.

Talvez vocês conheçam a Sônia. Se conhecerem, podem passar essa mensagem para ela. Sei que a Sô não vai gostar. Isso é normal. Geralmente os crentes carnais não exigem que os pastores sejam cegos, desde que sejam mudos. Eu prefiro não ser nenhum dos dois.

Pr. Marcos Granconato

Non nobis, Domine

 

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