Iluminação: Origem e Prova da Conversão
A BÃblia ensina que, para que alguém se converta de verdade, é necessário que Deus ilumine o coração dessa pessoa, fazendo-a ver a glória divina na face de Cristo (2Co 4.6; Hb 10.32). Sem essa intervenção sobrenatural do Senhor, nenhum indivÃduo poderá se livrar da cegueira espiritual em que se encontra, agravada, inclusive, pela atuação do diabo (2Co 4.4).
A iluminação do EspÃrito Santo na vida do crente, porém, não se limita ao tempo da sua conversão. Essa atuação continua, fazendo com que o cristão entenda as coisas que foram reveladas por Deus e levando-o a aceitar essas mesmas coisas (1Co 2.12,16). Assim, enquanto o incrédulo não entende as verdades trazidas à luz pelo EspÃrito Santo e até as considera loucura, rejeitando-as com vigor (1Co 2.14), o cristão verdadeiro é capaz de enxergar sua grandeza, curvando-se com humildade diante delas, analisando-as e buscando com outros crentes compreendê-las melhor (1Co 2.13).
É por isso que não é muito difÃcil distinguir o joio do trigo numa igreja cristã. De fato, sempre que alguém, diante das revelações dadas pelo EspÃrito Santo nas Escrituras (2Pe 1.21), mostra-se incapaz de entendê-las, considera-as absurdas e, finalmente, as rejeita com indignação, é bem provável que essa pessoa não seja um crente verdadeiro. Isso é assim porque a Palavra de Deus, tendo-se originado na mente de um Ser absolutamente santo, não pode encontrar eco nos abismos escuros do coração humano sem que esse coração seja antes transformado.
Em face disso, duas orientações podem ser expostas. Primeiro: nunca fique assustado quando perceber a rejeição aberta dos incrédulos diante dos ensinos bÃblicos. Na verdade, é só isso que se pode esperar deles. Segundo: avalie-se a si mesmo e veja qual o seu grau de aceitação daquilo que Deus revelou. Lembre-se de que, se você é seletivo no tocante aos ensinos do EspÃrito, talvez seja melhor considerar se realmente já nasceu desse mesmo EspÃrito.
Pr. Marcos Granconato
Soli Deo gloria