Roupa Nova
A vantagem de ter irmãos que valorizam futilidades como calças e camisas é que sempre que eles enjoam de alguma roupa eu recebo uma doação. Foi assim que há algum tempo atrás eu ganhei do Marcelo uma camisa de mangas compridas, estilo moletom. Logo me apaixonei por aquela camisa. Ela é bem larga e confortável – o tipo de roupa que envelhece e a gente tem dó de jogar fora.
Faceiro, usei a tal camisa no Dia da Alegria e... Que surpresa! Descobri que só eu gosto dela. As senhoras da igreja me deram muitas broncas e só faltaram falar que eu parecia um bêbado que dormiu na praça.
Todo o impacto que minhas roupas têm causado nas pessoas que me cercam me conduziu a dois pensamentos. O primeiro foi o de criar uma nova grife, a Drunkers Square; o segundo foi a lembrança de que o pecado habitual é como uma roupa velha e suja da qual temos de nos despir depressa.
De fato, é o apóstolo Paulo quem propõe isso. Ele sugere, em Efésios 4.22-32, que a mentira, o furto, a ira e as palavras torpes são como peças de roupa próprias da velha natureza pecaminosa que um dia nos dominou. Por isso, diz ele, temos de nos livrar dessas coisas e vestir os trajes da justiça e da santidade, peças da bela indumentária do homem novo.
Isso não significa que o crente pode deixar de lado o asseio ou que pode continuar sendo desleixado. Porém, o zelo por essas coisas não deve fazer com que abandonemos o cuidado com as vestes morais e espirituais que usamos. Do contrário, quem primeiro vai nos censurar é Deus, para quem pareceremos bêbados que dormem nas praças... (Hic!).
Pr. Marcos Granconato
Soli Deo gloria