Provérbios 23.13,14
Provérbios 23.13,14
“Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura” (Pv 23.13,14 NVI).
No dia 20 de abril de 1997, na cidade de Brasília, ocorreu um homicídio bárbaro que me chocou muito. Um líder indígena da tribo pataxó foi queimado vivo enquanto dormia em um ponto de ônibus, depois de tomar parte nas manifestações do Dia do Índio. O crime foi praticado por cinco jovens brasilienses. Eles acharam que seria engraçado comprar etanol em um posto de gasolina, jogar sobre o índio e atear fogo. Dos cinco rapazes, quatro eram maiores de idade e foram condenados a catorze anos de prisão por crime qualificado. O estranho é que esses rapazes não eram ladrões, traficantes ou assassinos, mas filhos de famílias ricas e influentes de Brasília. Com todos os recursos que lhes possibilitaram a melhor educação que o dinheiro podia pagar, eles não foram ensinados a respeito dos valores mais básicos da vida.
Infelizmente, essa história não é tão incomum como gostaríamos. Na verdade, uma parcela considerável dos jovens de hoje cresce sem receber a educação que quase todos os jovens da história da humanidade receberam até poucas décadas atrás. Isso aconteceu por conta de filosofias modernas de educação que nos parecem ter nascido no coração do diabo, dados seus resultados. Quanto à Bíblia, ela diz: “Não evite disciplinar a criança”. O que o leitor deve querer saber é “como” efetuar tal disciplina. A instrução do escritor é “castigar com a vara”. Muito sábia esse instrução, pois visa à correção, por meio da sensação que ela produz, ao mesmo tempo que preserva a integridade física da criança, já que “ela não morrerá” ao ser corrigida com uma vara. Deve-se notar que o texto não encoraja nem um pouco qualquer tipo de tortura ou de espancamento. Mas de modo algum, Salomão imagina uma criança bem educada e preparada para a vida sem ter sido corrigida pelos pais.
Se a vara não mata o menino que é disciplinado, há certamente outras coisas que podem levá-lo à morte. Por isso, ele prossegue: “Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura”. Isso quer dizer que a correção do menino lhe dá bases que o guiarão por caminhos seguros no futuro e o ensinarão a evitar perigos e consequências que qualquer pai ou mãe de bom senso jamais desejaria para os filhos. Para horror da tola psicologia moderna que tem sacrificado a vida de jovens em cima de pilares bambos, o rei sábio ensina que o uso da vara corretiva, além de não matar a criança, evita que ela morra por causa de decisões tolas e rebeldes. Em outras palavras, os pais que obedecem a Deus e corrigem seus filhos com amor, além de não prejudicá-los em nada, evitam que eles sofram no futuro, mas sejam pessoas felizes, sábias e com famílias tementes ao Senhor. Então, decida logo qual é a receita que você quer seguir: a da psicologia moderna ou a do sábio Deus. Eu já decidi!
Pr. Thomas Tronco