Homens e Pardais
Todos andam ultimamente assustados e com medo. Não é para menos. A epidemia de “gripe suína” que tem assolado o mundo inteiro está fazendo vítimas e mais vítimas a cada dia.
Ainda que as autoridades tenham tentado transmitir a ideia de que o problema não é tão grave, as mortes diárias das vítimas mostram o contrário. Por isso, a população está ansiosa, as aulas foram suspensas nas escolas públicas e particulares e os hospitais estão repletos de pessoas com suspeita da tal gripe. O pavor se torna ainda maior quando pensamos que o “inimigo” é invisível e pode estar, silencioso, na maçaneta de uma porta, na superfície de um balcão de padaria ou numa nota de dez reais.
O que os crentes devem fazer nessa hora? A resposta é simples: devem orar e vigiar. Eu sei, eu sei... Acabei de tirar a frase bíblica do contexto original. Mas o que eu quero dizer, atropelando o contexto e tudo, é que devemos suplicar a proteção de Deus contra essa doença e atender às orientações dadas pelas autoridades relativas à prevenção. É isso o que devemos fazer.
Agora vem o mais difícil. O que os crentes devem pensar? Aqui reproduzo outras palavras de Jesus. Desta vez, respeitando um pouco mais o contexto: “Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Contudo, nem um deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês... Portanto, não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais” (Mt 10.29,31).
Assim, devemos pensar que nada pode nos acontecer sem que o nosso Deus consinta. Como alguém já disse, nós somos imortais até o dia que Deus fixou. Por isso, mesmo no meio de uma pandemia, podemos aliviar a angústia da nossa mente e até assobiar um pouco. Não tenho ideia do que os pardais pensam, mas, pelo menos, sei que é isso o que eles fazem.
Pr. Marcos GranconatoSoli Deo gloria