Terça, 08 de Outubro de 2024
   
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Provérbios 21.12

  

Provérbios 21.12

“O justo observa a casa dos ímpios e os faz cair na desgraça” (Pv 21.12 NVI). 

Em 2012 eu vi em uma reportagem de televisão o resultado da ação de inteligência da Polícia Militar do Estado de São Paulo por meio do uso de um aparelho chamado Guardião, o qual grampeou ligações entre criminosos. A escuta mostrou um bandido preso passando ordens para um comparsa no sentido de atacar policiais, aos quais ele se referiu como “cochetes”. Os bandidos também comemoravam ataques bem sucedidos. Contudo, a última conversa exposta pela reportagem continha uma mulher relatando a outro homem que um rapaz foi preso e levado de dentro de casa pela polícia. Ao que tudo indica, isso ocorreu em função da descoberta das conversas telefônicas pelo Guardião. Nesse caso, o meliante foi preso a tempo e punido pelas tramas de que participou. É uma pena que esse tipo de trabalho de inteligência ainda tenha muito de evoluir.

Ações de inteligência já detectaram muitas perversidades, impedindo-as de acontecer ou trazendo a devida punição aos atos criminosos. Obviamente, isso só acontece quando a vigilância é feita no tempo e no local corretos. Porém, se os homens são limitados nessa atividade, Deus não é. Por isso Salomão diz que “o justo observa a casa dos ímpios”. Apesar de o adjetivo “justo” parecer muito genérico, o resultado de suas ações e a efetividade da vigilância demonstra se tratar de uma referência ao próprio Deus “justo” — algo consensual entre muitos teólogos e que se pode notar em certas versões bíblicas que trazem o adjetivo com letra maiúscula. Significa que é falsa a esperança de sigilo que os perversos têm em relação às suas tramas. Nenhum lugar é distante ou oculto demais ante os olhos do Senhor — nem o próprio coração dos homens. Por isso, Deus sabe tudo que acontece e tudo que ainda não aconteceu. Ele “observa” atentamente todas as coisas.

O resultado é que seu conhecimento dos planos e das ações dos “ímpios”, que encarnam aqui a figura dos tolos, “os faz cair na desgraça”. Em outras palavras, Deus é o justo juiz que não apenas tem todo o conhecimento para julgar uma causa, como também o pleno poder de fazê-lo. Toda essa capacidade associada à santidade divina faz com que, inevitavelmente, haja punição em algum momento para os perversos. Por isso, cada um deve pesar muito bem o que pretende fazer, sabendo que nenhum segredo é oculto ao Deus onisciente. O único caminho a seguir não é esconder ainda mais suas ações e propósitos, mas purificá-los por meio da fé em Cristo e da obediência ao Senhor. Além de evitar o juízo do justo Deus, aquele que serve ao Senhor também será beneficiário de bênçãos que somente o Salvador sabe propiciar.

Pr. Thomas Tronco

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