Provérbios 20.3
Provérbios 20.3
“É uma honra dar fim a contendas, mas todos os insensatos envolvem-se nelas” (Pv 20.3 NVI).
O dia 27 de novembro de 2015 marcará o 120º aniversário do testamento de Alfred Bernard Nobel. Ele deixou a maior parte de uma enorme fortuna acumulada desde a invenção da dinamite e de outros explosivos para a criação do Prêmio Nobel. Em 1867, aos 34 anos, Alfred Nobel obteve a patente da dinamite e, durante os próximos 29 anos, tornou-se fabulosamente rico com a fabricação de explosivos. Seu testamento estabeleceu cinco prêmios nas áreas da paz, física, química, medicina e literatura. Os vencedores do prêmio recebem uma medalha de ouro, um diploma e prêmios de mais de um milhão de dólares. O sexto prêmio, na área econômica, foi adicionado em 1969. Muita gente entende que esse foi o modo que o Sr. Nobel encontrou para remediar os danos causados por seus explosivos e expressar sua imensa insatisfação com o uso que eles passaram a ter no mundo. O fato é que a paz é muito mais nobre de que a guerra e a destruição.
É claro que nem todos os conflitos são tão drásticos quanto uma guerra. Mas qualquer um deles faz a mesma vítima: a paz. O curioso é saber que muitas desavenças sérias se dão em nome da “honra”. Basta alguém se sentir ofendido que imediatamente se levanta aos brados, ignorando as consequências de suas ações, em defesa da sua “honra”. Muita gente já perdeu a própria vida ou tirou a vida alheia para satisfazer tal “honra”. Contudo, ainda que esse seja um conceito muito divulgado e até encorajado no mundo, a verdadeira sabedoria diz que “é uma honra dar fim a contendas”. É o avesso de tudo que o mundo preza e cultiva, pois, em lugar de rebater a ofensa com mais força ainda, o sábio usa uma força que só pode ser vista de dentro, enquanto a aparência externa é de fraqueza. É preciso ser muito mais forte e honrado para agir assim do que para se erguer aos berros e ofender o ofensor.
É claro que o tolo não pensa assim. Além de não aprender na Palavra de Deus o valor do perdão e da imitação de Cristo, ele vive para satisfazer seus impulsos e manter uma imagem que o mundo aprove. Por isso, em vez de fugir das confusões, “todos os insensatos envolvem-se nelas”. Na verdade, os tolos não conseguem suportar nada que os desagrade, reagindo a tudo como crianças mimadas. Não é preciso ser gênio para saber que quando isso acontece, qualquer confusão, por pior que esteja, consegue piorar. A honra não está em dar o troco a ofensas, mas em ter domínio próprio para se calar ou para relevar com a intenção de buscar um bem maior. Isso, sim, é sinal de honra e produz edificação, bom testemunho e glórias ao nome do Senhor. Como você vai reagir às ofensas daqui para frente?
Pr. Thomas Tronco