Provérbios 19.18
Provérbios 19.18
“Discipline seu filho, pois nisso há esperança; não queiras a morte dele” (Pv 19.18 NVI).
Certo escritor conta que ouviu de um famoso especialista em crianças o seguinte: “Quando se trata uma doença grave, a criança que foi ensinada a obedecer tem quatro vezes mais chance de recuperação que a criança mimada e indisciplinada”. Essas palavras causaram uma forte impressão sobre o escritor. Ele havia, sim, aprendido que um dos Dez Mandamentos ensinava as crianças a obedecer a seus pais e que tal obediência lhes renderia o prolongamento dos seus dias (Êx 20.12). Mas nunca lhe tinha passado pela mente que a obediência podia significar a recuperação ou a perda da vida de uma criança também no campo médico.
Que as crianças trazem a tolice consigo é fato perceptível, tanto na simples observação como no ensino bíblico: “A insensatez está ligada ao coração da criança” (Pv 22.15a). A questão é até onde essa tolice pode levar um filho, ou seja, que tipo de consequência pode trazer sobre ele. Segundo o texto, alguns casos podem até mesmo terminar em “morte”. E não é difícil constatar essa triste verdade, pois basta assistir a alguns noticiários para ver filhos de pessoas honestas que enveredaram pelos caminhos do crime ou das drogas e que encontraram um fim trágico. Já vi até mesmo garotas bonitas e ricas que se tornaram chefes de gangues ou mandantes de crimes terríveis. Mas esse é um fim que os pais devem lutar com todas as suas forças para que nunca ocorra, pelo que o escritor lhes diz: “Não queiras a morte dele”. A questão é muito séria!
Como, então, evitar que crianças cheias de vida, mas ainda tomadas pela inexperiência, insensatez e rebeldia, sigam por caminhos que tragam sérias e tristes consequências para suas vidas? O texto oferece uma receita muito clara: “Discipline seu filho”. Dizer isso é fácil, mas efetuar a disciplina nem sempre é. Por isso, desanimados, muito pais começam a falhar nessa responsabilidade, dizendo que o filho é uma pessoa muito difícil e que a correção não funciona. Mas mesmo quando isso ocorre, o escritor os incentiva a perseverar, ensinando que na ação disciplinar dos filhos “há esperança”. E não era para ser diferente. O próprio Deus age assim para com seus filhos, dosando amor e disciplina com a intenção de edificar suas vidas e fazê-los crescer na sua graça, no conhecimento e na sabedoria que vem dele. Ou será que os homens têm soluções melhores do que as de Deus?
Pr. Thomas Tronco