Sexta, 11 de Outubro de 2024
   
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Provérbios 17.27,28

  

Provérbios 17.27,28

“Quem tem conhecimento é comedido no falar, e quem tem entendimento é de espírito sereno. Até o insensato passará por sábio, se ficar quieto, e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento” (Pv 17.27,28 NVI). 

Em Vancouver Island, no Canadá — a maior ilha do Pacífico a leste da Nova Zelândia — há um trecho de água conhecido como “Zona do Silêncio”. De algum modo, essa área é acusticamente morta, ou seja, nenhum som consegue penetrá-la. Uma vez que nenhuma sirene pode avisar os navios a respeito de recifes perigosos, o fundo do oceano, nesse trecho, está repleto de naufrágios. Esse é um dos raros casos em que o silêncio é algo ruim.

Quando se trata de pessoas, normalmente o silêncio é uma virtude. Por isso, esses dois versículos associam o equilíbrio nas palavras à pessoa do homem sábio. Começa por dizer que “quem tem conhecimento é comedido no falar”. Esse comedimento não se deve necessariamente a características puramente pessoais caso contrário, não seria sabedoria, mas personalidade. Deve-se, primeiro, à reflexão que o sábio faz antes de dizer qualquer coisa, antevendo efeitos e reações, e ao temor que ele tem de Deus, pois sabe que o Senhor o responsabiliza também pelo que ele causa com suas palavras. Por isso, em lugar de ser afoito e descontrolado, “quem tem entendimento é de espírito sereno”. Assim, o v.27 trata do silêncio do sábio, deixando ao v.28 o papel de tratar do silêncio do tolo.

De modo surpreendente, é dito que “até o insensato passará por sábio, se ficar quieto, e, se contiver a língua”. Não significa que ele não é mais tolo, mas que ele “passará por sábio”. Como isso seria possível? Simples! Em primeiro lugar, ao não falar tudo que pensa, nem tudo que tem vontade, ele executa uma ação sábia, ainda que não o faça sempre. Em segundo lugar, ao ficar quieto, ele não expõe sua tolice nem revela sua falta de entendimento. No final das contas, “parecerá que tem discernimento”. Que motivos mais seriam necessários para nos encorajar a pensar muito bem antes de falar e a nunca dizer a primeira coisa que nos vem à mente? Que outras razões nos fariam calar quando necessário? Nosso desejo deve ser que as coisas impróprias que queiramos falar sejam cercadas pela “zona de silêncio” e que nossos discursos revelem apenas sabedoria. Caso contrário, que o silêncio o faça.

Pr. Thomas Tronco

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