Sexta, 11 de Outubro de 2024
   
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Provérbios 17.24

  

Provérbios 17.24

“O homem de discernimento mantém a sabedoria em vista, mas os olhos do tolo perambulam até os confins da terra” (Pv 17.24 NVI). 

Dois amigos de infância, em uma de suas conversas infantis, combinaram de estudar juntos no exterior, em uma área ligada à engenharia aeroespacial. Um deles começou imediatamente a se dedicar mais aos estudos escolares e à língua inglesa. Ele não tinha todo o tempo que queria para diversões e passeios, mas nunca deixou de estudar para se divertir, pois tinha um objetivo bem definido em sua mente. O outro amigo, ainda que quisesse muito estudar no exterior, pouco se dedicou à escola e logo largou o estudo do inglês para ter tempo de treinar futebol. O tempo que lhe sobrava era gasto em namoros e videogame. No futuro, os dois prestaram as provas de admissão do curso, mas só um deles foi aprovado. O outro, aquele que passou sua infância avoado, sem trabalhar pelo objetivo pré-traçado, disse que o amigo teve sorte e que ele teve azar.

Salomão diz que “o homem de discernimento mantém a sabedoria em vista”. O texto original, nesse caso, não é difícil de traduzir, mas de interpretar. O fato de a sabedoria estar diante do sábio pode significar duas coisas. A primeira é que ela pode ser vista nele, como se fosse uma roupa que o veste. Assim, sempre que alguém o vê, consegue enxergar nitidamente sua sabedoria em seus atos e atitudes. A segunda interpretação é que o sábio tem a sabedoria diante de si como um objetivo a ser perseguido, como se estivesse com um mapa na mão que o guia rumo a ela. Não importam quais sejam os obstáculos e desvios da caminhada, o sábio sempre volta seu rosto e seus passos rumo ao entendimento verdadeiro, algo que mantém um processo crescente de aprendizado.

Apesar da dificuldade de decidir entre as duas possibilidades de interpretação, a segunda parte do versículo apoia um pouco mais a segunda possibilidade, pois antepõe o sábio à figura do tolo, cujos olhos “perambulam até os confins da terra”. Significa que, em vez de o tolo traçar metas para sua vida e persegui-las, ele vive avoado, com a mente nas nuvens, ou nos “confins da terra”. Essa falta de objetivo e o desejo de viver apenas o presente, sem se preocupar com o amanhã, faz com que o tolo continue tolo ou até piore. O sábio tem de traçar planos de buscar mais sabedoria na Palavra de Deus a cada dia e empregar o tempo e o esforço necessários para isso. Dará trabalho e levará um bom tempo, mas sua viagem terminará no ponto almejado. O tolo tem muitos sonhos, mas sua prática não é muito diferente da ação estúpida de um cão que corre atrás do próprio rabo. Qual desses dois você quer ser?

Pr. Thomas Tronco

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