Terça, 08 de Outubro de 2024
   
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Provérbios 16.27

  

Provérbios 16.27

“O homem sem caráter maquina o mal, suas palavras são um fogo devorador” (Pv 16.27 NVI). 

Em um dia de primavera em Paris, por volta de 1910. À cerca do meio-dia, um velho caminhão quebrou bem no centro da Place de I'Opera, fazendo com que o motorista tivesse de passar meia-hora sob o veículo para fazer o reparo. Depois de pedir desculpas pelo problema que ele havia causado a vários policiais que foram direcionando o tráfego em torno do seu caminhão, o homem foi embora rindo para si mesmo. Naquela noite, ele recolheu vários milhares de dólares de amigos que apostaram que ele não podia ficar deitado de costas por trinta minutos, bem na hora de maior movimento do centro mais movimentado de Paris. Seu nome era Horace De Vere Cole, um grande brincalhão da Inglaterra, que morreu em 1936.

Interessante ver como os homens têm capacidade para planejar com muita criatividade coisas ilícitas que seriam severamente punidas se feitas de qualquer modo. Salomão conhecia essa habilidade que o homem possui, assim como sabia que ela pode ser usada para finalidades ainda menos nobres que uma brincadeira de mau gosto. Ele ensinou que “o homem sem caráter maquina o mal”. A palavra traduzida como “maquina” significa, literalmente, “cava”, como alguém que garimpa arduamente algo para usar visando a fazer o mal aos outros. Significa que há ímpios que gastam tempo planejando situações traiçoeiras, discursos falsos, intrigas destruidoras e difamações bastante danosas. Eles não se apressam a efetuar seu intento, mas o planejam com calma, tornando-se, com isso, um homem muito perigoso.

Depois de planejar seus maus intentos, o resultado é que “suas palavras são um fogo devorador”. Por isso, é muito perigoso dar ouvidos a gente assim sem se levar em conta suas intenções. O homem bom pensa, naturalmente, que as outras pessoas são como ele, transformando a si mesmo em um alvo em potencial para gente assim. A lição que tiramos disso é que temos de ser cautelosos ao acreditar em gente que, mesmo que tenha aparência de bondade, fala coisas que desacreditam e difamam os outros. Assim que ouvimos comentários desse tipo, devemos ser, além de “simples como as pombas”, também “prudentes como as serpentes” (Mt 10.16). Caso contrário, seremos como aqueles policiais que se tornaram cúmplices bobos da traquinagem de um homem mentiroso.

Pr. Thomas Tronco

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