Provérbios 16.14,15
Provérbios 16.14,15
“A ira do rei é um mensageiro da morte, mas o homem sábio a acalmará. Alegria no rosto do rei é sinal de vida; seu favor é como nuvem de chuva na primavera” (Pv 16.14,15 NVI).
Um tribunal da Sumatra do Norte, uma província da Indonésia, condenou um homem a três semanas de prisão por chamar um oficial local de “ditador”. O juiz considerou o réu culpado de insultar o funcionário no exercício das suas funções. Algumas pessoas diriam que essa condenação é prova de que o réu tinha razão, mas acredito que ela só prova que o homem condenado era um completo tolo. Digo isso porque atacar e provocar autoridades que têm poder para punir desrespeito e desordem é uma tolice além da conta. Será que ele não sabia a aonde suas ações levariam?
Salomão conhecia bem o poder que as autoridades têm, assim como sabia que “a ira do rei é um mensageiro da morte”. O fato é que quase todo mundo fica irado, mas nem todos têm poder de transformar essa ira em uma ação prática de natureza punitiva ou até vingativa. Independente se os revides estão certos ou errados, o homem sábio vai evitá-los em vez de provocá-los. Enquanto o tolo não contém sua língua e, com bravatas e declarações bombásticas, provoca uma ira ainda pior, “o homem sábio a acalmará”. Ele sabe o perigo de reações furiosas e faz tudo para evitá-las. Ele não faz isso, obviamente, com prejuízo de valores santos e de convicções de fé pelas quais vale a pena sofrer. Ele simplesmente evita atritos desnecessários e até estúpidos. Ele é um pacificador em vez de um provocador.
O que o sábio busca é produzir “alegria no rosto de rei” por meio de suas boas ações, seus procedimentos exemplares e sua justiça posta em prática. Ele faz isso para alçar o “favor” das autoridades, sabendo que tal favor “é como nuvem de chuva na primavera”, ou seja, uma fonte de suprimento e prosperidade. O tolo, em sua insensatez, perde tais benefícios só para não dar o braço a torcer, passando sérios problemas em vez de manter a boca fechada e os impulsos sob controle. Portanto, ficam dois alertas. O primeiro é que qualquer um que exerça algum grau de autoridade deve temer a Deus e evitar ser um tirano ou alguém que usa seu poder para se vingar. O segundo é que todos os que estão sob alguma autoridade devem ser fiéis, justos e sábios a fim de não serem punidos. Em especial, devem temer a Deus para que seus piores impulsos sejam contidos e não tragam sobre ele consequências realmente desnecessárias.
Pr. Thomas Tronco