Provérbios 15.2
Provérbios 15.2
“A língua dos sábios torna atraente o conhecimento, mas a boca dos tolos derrama insensatez” (Pv 15.2 NVI).
Quando Benjamin Franklin quis incutir interesse no povo da Filadélfia pela iluminação pública, ele não tentou convencê-los com palavras. Em vez disso, pendurou uma bela lanterna em frente à sua própria porta. Ele mantinha o vidro brilhantemente polido e a acendia todos os dias, assim que a noite se aproximava. Não demorou muito para que seus vizinhos começassem a colocar luzes em frente às suas casas. Logo, toda a cidade percebeu o valor da iluminação pública e tratou o assunto com interesse e entusiasmo.
O exemplo de uma pessoa, seja positivo ou negativo, marca a vida de muita gente e a transforma para melhor ou para pior. Sabendo disso, Salomão se refere à “língua dos sábios” como um desses fatores. A língua, ou seja, aquilo que as pessoas dizem, é um assunto largamente abordado, sempre enfatizando o modo como revelam o coração das pessoas ou os resultados que as palavras produzem. Entretanto, a face revelada nesse texto assume contornos peculiares e importantes. O sapiente rei diz que aquilo que o sábio fala “torna atraente o conhecimento”. Isso quer dizer que quem os ouve fica impressionado com a sabedoria contida na fala do homem que teme o Senhor e deseja imitá-lo por admirar sua postura e sabedoria. Assim, não é apenas de boas ações que os exemplos positivos são feitos, mas também de boas palavras.
“A boca dos tolos” causa o impacto oposto. Em vez de as pessoas que os ouvem desejarem imitá-los, a estultícia de suas palavras causa espanto nos ouvintes, pois o tolo “derrama insensatez” quando fala. Quem os imita não o faz por admirar o conhecimento, mas provavelmente por se sentir atraído pela rebeldia, pelo desprezo dos bons valores e pela independência em relação a Deus. Nenhuma atração pelo conhecimento ou pela Palavra de Deus surge quando o tolo fala. Por isso, os servos de Deus têm de pensar muito bem no que vão dizer, sabendo que podem edificar ou destruir vidas com seu exemplo. E mais: se querem dizer boas palavras, têm de estudar as Escrituras para saber qual é o “conhecimento” revelado pelo Senhor e como ele impacta nossas vidas. Uma coisa é certa: sempre que você abre a boca, ela, de uma maneira ou de outra, dirá se você é um sábio ou um tolo!
Pr. Thomas Tronco