Provérbios 14.5
Provérbios 14.5
“A testemunha sincera não engana, mas a falsa transborda em mentiras” (Pv 14.5 NVI).
Gosto de assistir àqueles canais pagos de programas policiais como Os detetives (The shift, em inglês — Investigação Discovery) e As primeiras 48 horas (The first 48, em inglês — A&E). Duas coisas sempre acontecem ao assistir a eles: a primeira é que fico torcendo pelos detetives, mesmo sabendo que o caso já acabou; e a segunda é que fico impressionado com a “cara de pau” dos criminosos ao mentir durante os interrogatórios, além de, descaradamente, mudar suas versões quando as provas lhes são expostas, como se os experientes detetives fossem bobos. O mesmo fazem testemunhas que querem isentar de culpa seus amigos assassinos e ladrões.
O rei de Israel era também o supremo tribunal do país. Assim, Salomão julgou muitos casos durante sua vida — talvez o mais famoso seja aquele da disputa de duas mães por uma criança (1Rs 3.16-28). Por isso, certamente ouviu testemunhas de todo tipo ao longo do seu encargo real. Assim, ele dividiu a postura dos homens em duas. Ele começa a falar da “testemunha sincera”. Quando inquiridos sobre a verdade, esta não se atemoriza, nem busca vantagens pessoais para dizer o que beneficia a um ou a outro. Ao contrário, ela “não engana”. Custe o que custar, esse homem, o qual teme a Deus e é considerado sábio, fala o que é justo e verdadeiro.
Por outro lado, a testemunha “falsa” age de modo contrário. Segundo o rei sábio ela “transborda em mentiras”. Para homens assim, a moral e a verdade não os constrange. Tranquilamente eles torcem a verdade para benefício pessoal ou de pessoas a quem querem ajudar. O malefício dos inocentes também não os preocupa. Quando abrem a boca inevitavelmente causam destruição. Assim, se a testemunha falsa for malsucedida, prejudicará a si mesma. Mas, se for bem-sucedida, prejudicará a muitos. No final, a mentira sempre causa destruição. Infelizmente, conhecemos mais gente assim do que gostaríamos. A pergunta agora é: que tipo de testemunha é você?
Pr. Thomas Tronco