Provérbios 13.5
Provérbios 13.5
“Os justos odeiam o que é falso, mas os ímpios trazem vergonha e desgraça” (Pv 13.5 NVI).
Filmes sobre julgamentos em tribunais são comuns na televisão e nas prateleiras das locadoras. Na verdade, esse é um dos meus gêneros preferidos, apesar de eu não ser advogado. Como a maioria dos filmes é de origem americana, já estamos acostumados a ver as testemunhas colocando a mão sobre a Bíblia e jurando dizer “toda verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade”. Por fim, boa parte delas, depois de fazer esse juramento solene, sob os olhos do Deus justo, mente descaradamente, cometendo algo chamado “perjúrio”. Enquanto a trama do filme segue, não conseguimos deixar de notar o absurdo que é dizer falsidades daquele modo e ficamos torcendo para a verdade surgir a fim de que o mocinho seja inocentado e os bandidos e mentirosos sejam desmascarados e punidos. E assim nos divertimos na frente da televisão.
Algo que não é muito divertido é ver a falsidade tomar lugar na vida real. O que aqui é traduzido como “falso”, quer dizer, em hebraico, “palavra de falsidade” ou “coisa falsa”. É difícil definir se o tema é a “língua” ou a “atitude” do homem falso. Entretanto, não precisamos definir isso gramaticalmente, mas observar como a falsidade surge entre as pessoas. Elas envolvem ambas as possibilidades, fazendo com que o homem falso simule atitudes que não correspondem à verdade e que transmita ideias mentirosas por meio de palavras. Como é dito aqui que tais pessoas que usam a falsidade como uma ferramenta “trazem vergonha e desgraça”, entende-se que o que Salomão tem em mente é o resultado da mentira dos “ímpios” sobre a vida das pessoas ao redor. Trata-se de falsos testemunhos que são proferidos com a intenção de destruir e desacreditar pessoas que não merecem ser tratadas assim.
Por outro lado, os “justos” mantêm um procedimento totalmente contrário. Como eles “odeiam o que é falso”, seja a palavra falsa ou a atitude mentirosa, eles a rejeitam e jamais lançam mão deles, mesmo que a verdade lhes traga algum custo. Eles sabem que o Senhor verdadeiro lhes está observando e que é juiz sobre toda forma de mentira. Por isso, detestando a falsidade, eles são pessoas autênticas que falam o que é verdadeiro sobre os outros, em vez de contar mentiras, fazer fofocas e criar intrigas. Diga-me: qual dos dois — o mentiroso ou o justo — você gostaria de ter ao seu lado? E qual dos dois você quer ser no relacionamento com seus familiares, amigos e colegas de escola e de trabalho?
Pr. Thomas Tronco