Provérbios 13.4
Provérbios 13.4
“O preguiçoso deseja e nada consegue, mas os desejos do diligente são amplamente satisfeitos” (Pv 13.4 NVI).
Quase toda criança quer ser, quando crescer, a mesma coisa que seus pais. Sua admiração por eles torna suas profissões fruto do desejo futuro dos pequeninos. Com o passar do tempo e com o conhecimento das diversas carreiras, os jovens passam, então, a desejar outros rumos. Escolher uma profissão é algo muito importante e deve começar a ser avaliado desde cedo. Ao escolher, fatores como dinheiro, sucesso e fama são bastante considerados. Por isso, muitos adolescentes querem ser jogadores de futebol, pilotos de avião, artistas de cinema e médicos. É possível chegar a ser qualquer uma dessas coisas, mas a procura por elas é tão grande que ninguém as alcança sem muito esforço e dedicação. Apenas uma pequenina parcela daqueles que partem em busca desses sonhos os alcança de fato.
Por isso, o tema da preguiça volta novamente à pena do rei Salomão. Sua insistência no assunto demonstra tanto a frequência com que esse mal acomete as pessoas como a gravidade do que produz em suas vidas. Assim, ele diz que o “preguiçoso” tem metas boas para si, tanto no presente como no futuro. Ele sabe avaliar o que é bom e “deseja” para si o melhor. Entretanto, apesar de almejar o bem, por causa da sua preguiça ele não luta pelo que deseja, sempre protela suas responsabilidades achando que depois dará tempo para fazer o que devia realizar agora. Ele desenvolve um otimismo bobo e vazio no qual grandes conquistas podem ser obtidas sem esforço. Como esse pensamento é um grande engano, no final de tudo aquilo que desejou, ele “nada consegue”. Normalmente, ele não atribui o fracasso à sua preguiça, mas ao azar, à incompreensão alheia e à falta de oportunidades.
Os homens esforçados e sábios, aqui chamados de “diligentes”, de modo responsável se preparam para aquilo que eles almejam. É uma dura jornada que envolve esforço, paciência, perseverança e determinação. Contudo, ao trilhar esse caminho abrindo mão de desejos imediatos e tratando o esforço como um investimento futuro, “seus desejos” e seus projetos de vida “são amplamente satisfeitos”. Se isso vale para a escolha de uma profissão, também vale para qualquer meta que traçamos e que só pode ser obtida por meio da excelência. O que você deve se perguntar é “até onde eu quero chegar?”.
Pr. Thomas Tronco