Provérbios 13.1
Provérbios 13.1
“O filho sábio acolhe a instrução do pai, mas o zombador não ouve a repreensão” (Pv 13.1 NVI).
Conheci dois irmãos que, criados no mesmo lar, se tornaram pessoas muito diferentes. Um deles sempre teve uma postura submissa diante dos pais e sempre demonstrou grande respeito por seus ensinos e suas ordens. Olhando hoje para ele, trata-se de alguém que é dedicado a Deus, que tem uma família sadia, que cumpre com seus deveres e que é respeitado e admirado por todos. O outro irmão, em sua adolescência, tinha uma postura bastante independente. Tudo que valorizava eram seus desejos, gostos e convicções, enquanto desprezava o ensino e a autoridade de seus pais, oculta ou abertamente. Hoje, é um homem cuja vida está partida em pedaços e cujo caráter é desagradável e cujas ações não servem de parâmetro a ser seguido, nem mesmo por seus próprios filhos.
É fato que a tolice nasce junto com as crianças, razão pela qual é dito que “a insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela” (Pv 22.15). Entretanto, um “filho sábio” pode desenvolver uma sabedoria latente e crescente por meio da postura como se coloca diante de seus pais e da instrução que aprende deles. Significa que, em vez de ser aquele filho teimoso, rebelde e orgulhoso, esse sábio infante “acolhe a instrução do pai”. Não quer dizer que ele não erra, mas que, quando erra e é corrigido, aprende com isso e começa a se afastar do que é mau e se achegar ao que é excelente. É um filho fácil de dirigir no caminho da verdade e da justiça. Seus pais se alegram muito com ele (Pv 10.1a).
O filho que não atende à direção paterna acaba se tornando uma pessoa bem diferente. Quando corrigido, ele “não ouve a repreensão”, trazendo dois males sobre si: a permanência no erro e a forja de um caráter corrompido. O resultado final é se tornar um homem “zombador” ou “escarnecedor”, que não respeita seus pais, nem qualquer outra pessoa. Com isso, pode-se perceber que há uma conexão muito forte entre o aprendizado e o respeito. Em lugar de trazer alegria aos pais, acaba lhes sendo razão de tristeza (Pv 10.1b). Tudo isso porque não se submeteu à orientação e correção, deixando com que sua arrogância assumisse o controle de sua vida. Na juventude, isso pode até parecer vantajoso. Mas é isso que queremos para nosso futuro e para o futuro dos nossos filhos?
Pr. Thomas Tronco