Provérbios 12.21
Provérbios 12.21
“Nenhum mal atingirá o justo, mas os ímpios estão cobertos de problemas” (Pv 12.21 NVI).
Entre as plantas existe um tipo de folha-armadilha, que chamamos de carnívora ou insetívora, que é muito interessante. Ela é dotada de uns pelos sensitivos, os quais, se tocados por um inseto, fazem com que a folha se feche bruscamente e capture a presa. Para o inseto, é terrível, pois, quanto mais ele se mexe, mais apertado fica. Pouco depois, enzimas digestivas começam a agir. Semanas depois, a armadilha reabre e deixa à vista o exoesqueleto da presa. O que começa como um passeio termina em uma prisão que só piora a cada instante.
Assim também é o caminho dos “ímpios”. Sua conduta é inteiramente dirigida por sua cobiça e por seus impulsos carnais. Sendo assim, ele faz o que for preciso para se dar bem, sem pensar em consequências e sem deter seu desejo por conceitos morais. Nem mesmo a ideia do juízo divino faz com que eles se contenham em sua maldade. Porém, Deus realmente se importa com o modo como as pessoas agem e eventualmente faz com que as consequências alcancem os perversos. Por isso, ainda que tentem burlar toda a justiça humana, eles acabam “cobertos de problemas”.
Por outro lado, o “justo” tem, geralmente, uma experiência diferente. Seja porque ele evita os maus caminhos, seja porque Deus protege pessoalmente seus servos, “nenhum mal” os atinge. Isso mostra como os caminhos trilhados pelos ímpios e pelos justos os conduz a destinos opostos com consequências distintas. Por isso, os justos são chamados sábios em Provérbios e os ímpios são classificados como tolos. Os sábios percebem que escolhas imediatas têm consequências futuras. Os tolos só pensam no momento e fazem, assim, jus ao nome que recebem. E a pior parte é que a tolice deles permanece mesmo quando avisados, assim como neste pequeno texto. Você é sábio suficiente para dar ouvidos, ou é um tolo que vai continuar sofrendo o que é inevitável aos ímpios?
Pr. Thomas Tronco