Provérbios 11.24
Provérbios 11.24
“Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza” (Pv 11.24 NVI).
Em nossa sociedade há o conhecido princípio de que poupar garante uma velhice tranquila, pelo menos financeiramente, e que esbanjar seu dinheiro e seus bens traz necessidade e revés no futuro. Quem dá conselhos nesse sentido é uma pessoa sábia, assim como aquele que atende a tais recomendações. Entretanto, há um fator maior que não pode ser computado em calculadoras financeiras: a ação de Deus diante do que é certo e fruto do amor verdadeiro que ele mesmo exemplificou.
O rei sábio fala de pessoas que oferecem seus bens aos outros como forma de generosidade não hipócrita ou desejosa de obter lucros maiores. Nesse caso, seria de se esperar que, apesar de suas boas intenções, o resultado fosse o empobrecimento. Entretanto, a surpresa é vê-los prosperar ainda mais. Note bem: isso não é uma promessa ou uma profecia bíblica. Também não deve ser a razão de socorrer os outros motivado por um retorno financeiro ainda maior. Contudo, pode-se perceber que a generosidade humana muitas vezes é retribuída com a generosidade divina como forma de Deus aprovar as boas ações e ele mesmo prestar auxílio a quem tem isso por hábito. Por outro lado, é possível constatar sovinas que, com medo de abrir mão dos seus bens para socorrer um necessitado, não conseguem garantir sua riqueza e acaba perdendo aquilo de que escolheram não abrir mão. É claro que não se pode olhar para pessoas que passaram por reveses financeiros e concluir que a razão da derrocada é que os tais eram sovinas e egoístas. Porém, mais uma vez é exposto que ninguém pode garantir o futuro e prosperidade sem que Deus a abençoe nesse sentido.
Esse texto não diz como esses resultados se processam, se por ação direta de Deus ou por ação dos homens que notam o caráter do generoso e do sovina e agem de modo diferente para com cada um. Os dois versículos seguintes favorecem a segunda hipótese, mas quando consideramos cada provérbio como uma unidade completa, parece ser a intenção do escritor apontar para o fator externo — a ação de Deus — como responsável pelo que acontece ao generoso e ao egoísta. E se você quer saber qual deles é você, é simples. O sovina deve estar agora rejeitando o ensino do texto ou pensando como usar a generosidade (apenas nominal) para se dar bem. O generoso percebeu a aprovação de Deus sobre sua disposição e ficou ainda mais encorajado a ajudar quem precisa. Qual é você?
Pr. Thomas Tronco