Provérbios 11.6
Provérbios 11.6
“A justiça dos justos os livra, mas o desejo dos infiéis os aprisiona” (Pv 11.6 NVI).
Esse versículo é muito parecido com o texto anterior, mas suas sutis diferenças o tornam particularmente útil na vida de quem quer ser sábio e estar debaixo do controle e da comunhão do Senhor. O versículo precedente enfatiza a inutilidade da riqueza diante da morte física e da morte espiritual. Também aponta para o fato de que as ações justas podem livrar o homem de uma vida abreviada pelo mal e da condenação eterna no tribunal divino. O versículo 6, por sua vez, aponta a consequência do mal não como morte, mas como “aprisionamento”, ou seja, a perda da liberdade. Nesse sentido, prisioneiros do sistema judicial podem comprovar a veracidade desse ensino.
Contudo, há outro modo se ser aprisionado por causa do “desejo” que não seja em um presídio com grades, muros e carcereiros. O infiel, ou seja, aquele que não coloca sua fé e esperança em Jesus Cristo, mas busca seus próprios caminhos e vive para satisfazer seus anseios, pode se tornar um prisioneiro do seu próprio desejo ou cobiça. Por isso, é tão comum vermos pessoas que, apesar de terem muito mais do que precisam, vivem infelizes, sempre mais insatisfeitas com as coisas que não têm que com o que têm. Assim, possuem muito, mas vivem aprisionados pelo desejo de mais coisas. O mundo inteiro nunca bastaria.
Para isso, só há um remédio: a justiça. Diante do sistema judicial, viver de forma justa, ainda que seja mais árduo e cansativo, com limites e privações, garante o reconhecimento de inocência diante das autoridades e mantém o justo em liberdade. Diante dos anseios da alma, a justiça de Deus infundida na vida dos seus sábios servos liberta cada vez mais da escravidão da cobiça, da inveja e do descontentamento, sem falar na alforria da depressão e do descontentamento. Afinal, as coisas mais valiosas não são aquelas que cobiçamos, mas as que a graça do Senhor nos concedeu.
Pr. Thomas Tronco