Provérbios 11.1
Provérbios 11.1
“O Senhor repudia balanças desonestas, mas os pesos exatos lhe dão prazer” (Pv 11.1 NVI).
Por uma interpretação errada que os telespectadores fizeram de uma propaganda de televisão de 1976, o armador Gerson de Oliveira Nunes, da Seleção Brasileira de Futebol, campeão mundial de 1970, acabou associado à imagem da malandragem que recebeu o nome de “Lei de Gerson”. Essa virou uma expressão para se referir à atitude de levar vantagem em cima dos outros, passando-lhes a perna. O craque se arrependeu bastante de ter feito a tal propaganda e ser associado à imagem da desonestidade.
Se o capítulo 10 de Provérbios enfatizou muito o cuidado que o homem deve ter com aquilo que fala, o capítulo 11 ressalta o tema da justiça e da honestidade, além dos resultados de ser honesto e desonesto. Segundo o v.1, desde há muito tempo existem aqueles que “gostam de levar vantagem em tudo”. Nesse caso, a vantagem é obtida por meio do uso de pesos e balanças adulteradas que ludibriam as pessoas, fazendo-lhes pensar que compram ou vendem por certo preço, quando, na verdade, o valor é outro já que o peso foi falsificado. Essa atitude o texto diz que o “Senhor repudia”. O autor não explica como Deus age diante desse tipo de golpe, mas nem é preciso dizer. O fato de Deus odiar a farsa nos leva à conclusão de que ele cobrará caro por esse lucro desonesto.
Por outro lado, seus servos fogem desse tipo de prática. Eles não acolhem a ideia de terem duas vidas: uma diante de Deus e da comunidade dos seus discípulos e outra para seus negócios e para sua vida particular. Ao contrário, eles glorificam seu Salvador em tudo, imitando-lhe o caráter e a justiça. Por isso, seus “pesos são exatos”, ato que traz grande “prazer” ao Senhor. Assim, aonde quer que vamos, o que quer que façamos ou que negócio fecharmos, a justiça de Deus deve nos acompanhar e guiar em cada decisão e palavra. O texto também não diz o que o Senhor faz aos seus bons servos a quem ele se compraz. Mas também não é necessário dizer.
Pr. Thomas Tronco