Provérbios 10.22
Provérbios 10.22
“A bênção do Senhor traz riqueza, e não inclui dor alguma” (Pv 10.22 NVI).
Muita gente, alguns anos atrás, ao ver notícias em jornais e televisão dizendo que políticos corruptos estavam sendo presos, concluiu que os tempos estavam mudando. Na verdade, todos nós achávamos estar no início de uma mudança que podia ser comparada a uma jornada que foi apenas iniciada pelo primeiro passo. De qualquer modo, ver políticos “espertalhões” sentirem os efeitos colaterais dos seus golpes nos faz lembrar que, mesmo para aqueles que vivem como se a lei não fosse para eles, há resultados penosos por buscar sucesso sem levar em conta o certo e o errado.
O que Salomão ensina nesse texto é que somente a graça e a bondade de Deus podem fazer os justos galgarem seus objetivos e serem bem sucedidos. No campo material, assim como no campo espiritual, as boas coisas que alcançamos são, em última análise, concessões amorosas do Senhor, pelo que Paulo faz as seguintes perguntas: “Pois, quem torna você diferente de qualquer outra pessoa? O que você tem que não tenha recebido? E se o recebeu, por que se orgulha, como se assim não fosse?” (1Co 4.7). Essas são perguntas retóricas porque elas nos forçam a dar a mesma e obrigatória resposta: “Não tenho nada bom que eu não tenha recebido do meu Deus”.
A segunda parte do texto ensina que as bênçãos que Deus dá vêm sem efeitos colaterais, diferentes daquelas que não são concedidas aos homens, mas que são tomadas por eles como alguém que arromba um cofre. Nesse caso, os lucros obtidos à custa da moral e da justiça, ou até mesmo aqueles que são alcançados como fruto da ação de ignorar o Senhor, podem trazer muita dor. É curioso ver os homens que tiram vantagens das situações e das outras pessoas serem reconhecidos em nossa sociedade como pessoas “espertas”, já que a Bíblia descreve tais homens como “tolos”. Para ser sábio, é necessário buscar o bem pelos caminhos que o Senhor ensinou e, depois disso, aguardar que o próprio Deus nos agracie com o sucesso do modo e no momento que, para o nosso bem, ele escolheu fazê-lo. Afinal, de que vale alcançar o sucesso e não poder desfrutá-lo?
Pr. Thomas Tronco