Provérbios 10.13
Provérbios 10.13
“A sabedoria está nos lábios dos que têm discernimento, mas a vara é para as costas daquele que não tem juízo” (Pv 10.13 NVI).
Uma das matérias escolares que mais exigem esforço e atenção dos alunos é Física. Com todas as suas leis e fórmulas, ela demanda tempo dos estudantes para que dominem seus “mistérios”. Uma dessas leis, talvez uma das mais conhecidas, é a lei da “ação e reação”. Isaac Newton percebeu que para toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade. Ele pensou isso em termos de forças aplicadas a objetos. Quando pensamos em termos de vida prática, a Bíblia tem sua própria lei de ação e reação: “O que o homem semear, isso também colherá” (Gl 6.7b).
É sobre isso que Salomão discorre nesse texto, comparando o que ocorre ao “que tem discernimento” e ao “que não tem juízo”, ou seja, o sábio e o tolo. Sobre esse último, as reações à sua tolice são consequências que o fazem sofrer, o que é descrito aqui como uma punição de açoites, a famosa surra de chicote. Essa era a condenação de pessoas que agiam mal e que, tolamente, causavam dano a outras pessoas. Uma reação severa a atos de rebeldia. Nem é preciso dizer que tipo de sofrimento era gerado em um açoitamento para entender o que o Senhor quer dizer a respeito do sofrimento do castigo das ações e atitudes insensatas e divergentes da Palavra de Deus.
Por outro lado, o resultado de ser sábio, ou de agir com discernimento dado pelas Escrituras não apenas para avaliar o certo e errado, mas para ajudar nas decisões a serem tomadas, é que essa sabedoria é externada em cada palavra dita pelo homem prudente. Sendo assim, ele não diz coisas destrutivas ou repreensíveis, atraindo castigos e sofrimentos sobre si. Apesar de o texto não falar do resultado final, a comparação com o castigo do tolo mostra que a reação aos atos e palavras do homem sábio são a aprovação de Deus e a paz no seu dia a dia. Uma reação bastante positiva a ações boas, sábias e guiadas pela Bíblia. Então, não pergunte apenas se você é sábio ou tolo, mas se quer colher frutos bons ou maus.
Pr. Thomas Tronco