Segunda, 09 de Dezembro de 2024
   
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Disciplina e Expansão

Pastoral

Edward Gibbon foi um dos maiores historiadores do século XVIII. Em sua obra mais famosa, Declínio e queda do Império Romano, ele enumera as razões pelas quais, segundo suas pesquisas, o cristianismo cresceu tanto nos primeiros séculos.

Dentre essas razões, algumas chamam muito a atenção, a saber: o inflexível zelo dos cristãos; a doutrina da vida futura; a pura e austera moralidade dos crentes; e a união e disciplina da igreja.

As duas últimas razões são comentadas por Gibbon de modo curioso. Ele diz que a pureza dos cristãos vinha de seu arrependimento dos pecados passados e do louvável desejo de defender a reputação da igreja em que haviam se engajado.

Segundo ele, a disciplina (a quarta razão de crescimento!) recaía sobre os crentes que não se mantinham numa vida de pureza e se constituía numa grande força da igreja. Sem ela, conforme criam os cristãos da época, a cristandade chegaria ao fim.

Tudo isso mostra que aqueles que dizem que a disciplina prejudica o avanço da igreja estão errados. A história do cristianismo revela exatamente o contrário: o cristianismo se espalhou por todo o mundo em um tempo recorde porque a igreja, entre outras coisas, praticava a disciplina ensinada no Novo Testamento (Mt 18.15-19; 1Co 5.1-11).

Longe de nós, portanto, a idéia de que a disciplina bíblica é desnecessária ou mesmo ruim. Lembremos que foi o próprio Senhor quem a instituiu e ele o fez, sem dúvida, para o bem do seu querido rebanho.

Por isso, não relutemos em fazer a vontade de Cristo e apliquemos a punição bíblica a todo pecador obstinado. Não fazê-lo vai nos tornar rebeldes como eles

Pr. Marcos Granconato
Soli Deo glori

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