O Que Sobrou na Quarta-Feira?
O Carnaval acabou. Nós, os crentes, sobrevivemos a mais uma dessas festas diabólicas. Pelo menos, ao que se sabe, nenhum de nós foi aos salões ou aos desfiles. Cristãos como somos, passamos bem longe desses lugares e eventos..
Refletindo melhor, porém, concluÃmos ser evidente que o Carnaval apresenta perigos mais sutis do que os convites para freqüentar seus bailes. Talvez o maior perigo do Carnaval não seja ir até ele, mas deixar que ele venha
até nós.
De fato, pode acontecer de um crente, durante os dias da festa, ter permanecido longe do sambódromo, mas, ao mesmo tempo, ter-se deixado dominar pelo ambiente do Carnaval. Pode ter se conduzindo de modo irreverente ou até escandaloso, envolvendo-se com pessoas incrédulas num ambiente marcado por risos e conversas vergonhosas, ou simplesmente deixando o Carnaval entrar em casa através da televisão e do rádio.
Assim, é fácil responder se fomos ou não à s festas de Carnaval. Mais difÃcil é responder se o Carnaval veio até nós e se abrirmos alas para ele passar. Talvez um modo de chegar à resposta seja olhar para a chamada Quarta-Feira de Cinzas.
Como nós estávamos nesse dia? Éramos crentes melhores ou piores? Estávamos mais fortes ou mais fracos? Sentimo-nos satisfeitos ou envergonhados? O que sobrou na Quarta-Feira de Cinzas? Boas lembranças ou tristes segredos?
Pr. Marcos Granconato
Soli Deo gloria