O Homem que Calculava
Minha filha mais velha não gosta muito de matemática. Quando era pequena, se eu lhe perguntasse quanto é seis vezes oito, ela fechava a cara sentindo-se provocada. Por isso, para despertar nela algum grau de apreciação pelos números, comprei-lhe na época um livro intitulado O Homem que Calculava, de Malba Tahan. Nesse livro, o autor narra histórias interessantíssimas em que um homem resolve problemas aparentemente insolúveis usando as mais simples fórmulas matemáticas.
Em O Homem que Calculava há um episódio muito engraçado em que um vizir (a história se passa em Bagdá) pede para o protagonista da história dizer quantos camelos há no pátio do seu palácio. O calculista lançou os olhos na direção dos animais e disse quase que imediatamente: 257. O vizir ficou assombrado. “Como você conseguiu contar os camelos tão depressa?”, perguntou? O matemático, então, respondeu: “Eu não contei os camelos. Isso seria muito fácil. Eu contei os pés, as orelhas, acrescentei uma unidade e dividi por seis”. O vizir, agora ainda mais boquiaberto, observou perplexo: “Mas isso é maravilhoso! Só não entendo uma coisa. Por que você acrescentou uma unidade antes de fazer a divisão por seis?”. A resposta veio de pronto: “Porque um dos camelos é defeituoso e só tem uma orelha”.
Quando Deus olha para a humanidade, ele a vê como o homem que calculava viu aqueles camelos. Nenhum pequeno detalhe lhe escapa (Hb 4.13). Cada palavra, cada olhar, cada movimento de nossos membros e da nossa mente estão patentes diante dele ao longo de cada segundo de nossas vidas. De fato, que ele tudo vê é certo. Certo como seis vezes oito é igual a...
Pr. Marcos Granconato
Soli Deo gloria