Quinta, 14 de Novembro de 2024
   
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A Mensagem das Auroras Polares

Nosso planeta possui um dos fenômenos naturais mais belos para observação: as auroras polares. As auroras podem ser classificadas como boreal (polo Norte) ou austral (polo Sul). Infelizmente, a extensão territorial brasileira não se encontra em latitudes favoráveis para sua observação e o local mais próximo para brasileiros é ao sul da Argentina, na região do Ushuaia. Vários lugares do mundo atraem milhares de turistas e há, inclusive, hotéis e alojamentos com tetos de vidro para que os visitantes possam dormir sob as luzes coloridas dançantes. Ao norte, os lugares mais propícios para se observar a aurora boreal — alta latitude — são a Noruega, Finlândia, Islândia, Suécia, Dinamarca, Alasca, Escócia, Rússia, Canada e Groenlândia. Ao sul, além do Ushuaia, Austrália, Nova Zelândia e Antártica são populares locais em que as luzes podem ser observadas. O fenômeno foi nomeado como “aurora” por Galileu, em 1619, homenageando Aurora, a deusa romana do amanhecer.

As auroras são oriundas da atividade do Sol e da presença de um campo magnético em nosso planeta, a magnetosfera. O Sol não apenas emite luz, mas também ventos solares carregados de partículas subatômicas que são repletas de energia. Essas partículas, conhecidas como plasma, quando em contato com o campo magnético terrestre, produzem as luzes coloridas. As auroras podem ter diferentes cores dependendo do gás que está reagindo com essas partículas solares. O oxigênio produz as cores verde (em baixas altitudes — 100 km) e vermelha (em altas altitudes — mais de 300 km). O nitrogênio, por outro lado, produz o azul ou roxo. Todavia, mais lindo do que fenômeno colorido é o significado que ele possui: as auroras são um lembrete de Deus nos céus de que nosso planeta está sendo continuamente protegido de partículas solares que poderiam exterminar a vida caso não tivéssemos o campo magnético que não apenas nos é útil para navegação como também funciona como um escudo cósmico!

Na década de 1970, o físico criacionista Dr. Thomas Barnes notou, baseado em mensurações feitas desde 1835, que o campo magnético está decaindo na taxa de, aproximadamente, 5% por século e propôs que isso não pudesse decair por mais de 10 mil anos. Logo, o Dr. Barnes propôs que o planeta tenha alguns milhares de anos e não bilhões de anos como os evolucionistas postulam.

Considerando que o modelo de decaimento é obviamente incompatível com as pressuposições evolucionistas de bilhões de anos para o planeta, os cientistas proponentes do evolucionismo sugeriram um modelo de dínamo autossustentado (gerador elétrico) para que o campo magnético se mantivesse estável por bilhões de anos. Nesse modelo, a rotação da Terra e a convecção do manto terrestre circulariam o níquel e ferro derretidos da camada mais externa do núcleo. Assim, cargas positivas e negativas nesse metal líquido supostamente circulariam de maneira desigual produzindo corrente elétrica e consequentemente a manutenção do campo magnético.

Em contrapartida, o físico Dr. Russell Humphreys julgou correta a hipótese do Dr. Barnes e aperfeiçoou o modelo incorporando elementos potencialmente causados pelo Dilúvio descrito em Gênesis no tocante à dinâmica das placas tectônicas com predições que foram confirmadas na década de 1990. Em suma, o Dr. Russell demonstrou que o campo magnético mantém sua tendência de decaimento apesar das convecções do manto terrestre.

Os cientistas evolucionistas, até o momento, não conseguiram produzir um modelo viável para justificar como o campo magnético estaria ativo por bilhões de anos, apesar de muitas décadas de pesquisa. Recentemente, em uma publicação da Discover (2014), o geofisicista David Stevenson (California Institute of Technology) admitiu que há um problema para esse dogma evolucionista: “Não sabemos como o campo magnético da Terra durou bilhões de anos. Sabemos que a Terra teve um campo magnético durante a maior parte de sua história. Não sabemos como a Terra fez isso. Temos menos compreensão agora do que pensávamos que tínhamos há uma década de como o núcleo da Terra tem operado ao longo da história”.

Davi escreveu: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela à outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz” (Sl 19.1-3).

Ainda que Davi não tenha vivido em uma latitude compatível com a contemplação da aurora boreal (ou austral), inspirado pelo Espírito Santo, sabemos que a Palavra de Deus afirma que os céus declaram a glória de Deus e o firmamento proclama a obra das suas mãos. Hoje, com o auxílio da ciência, entendemos que a “obra de suas mãos” é vasta ao ponto de nos proporcionar um maravilhoso campo magnético que nos auxilia na navegação e nos confere proteção.

Ev. Leandro Boer

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