O Dilúvio e os Ovos de Dinossauro
A primeira descoberta de ovos de dinossauro ocorreu na Mongólia durante o início dos anos 1920. Todavia, novas ninhadas são encontradas a cada ano e há aproximadamente 200 locais espalhados pelo mundo. Os locais mais conhecidos estão na Mongólia, China, Índia, Quirguistão, Argentina, Estados Unidos, Canadá e França. Em algumas áreas, os ovos são encontrados em várias camadas sedimentares sobrepostas sugerindo que os dinossauros estiveram ali por repetidas vezes.
Os cientistas seculares interpretam esses achados pressupondo que as rochas foram formadas por processos cotidianos ao longo de milhões de anos (uniformitarianismo). No entanto, essa pressuposição traz dificuldades para explicar os fósseis de ovos de dinossauro.
A maioria dos répteis, como jacarés e crocodilos, enterra seus ovos com sedimentos ou vegetação densa. Todavia, os ovos de dinossauro se apresentam fora do padrão esperado para répteis, pois são encontrados sobre superfícies planas de sedimentos e raramente existem evidências, como pólen ou macrofósseis, de que a vegetação foi posteriormente colocada sobre os ovos. Ademais, os ovos de dinossauro são porosos, geralmente como os dos répteis, e o embrião desidrataria rapidamente com os ovos expostos em uma superfície sedimentar. Esse padrão parece sugerir que os ovos não foram depositados em condições habituais para aqueles animais.
A existência de um dilúvio universal, como o relatado em Gênesis, harmoniza-se com a estado dos fósseis de ovos de dinossauro descobertos em todo mundo — e em diferentes camadas sobrepostas. Para que esses fósseis existam, assume-se que seria necessário um enterramento rápido dos ovos a fim de os preservar antes que começassem a se decompor — mas não tão drástico ao ponto de os ovos serem destruídos.
Além disso, como o nível das águas do dilúvio oscilou muitas vezes, não seria incomum produzir camadas de ovos em vários níveis. À medida que as águas da enchente subiam e depositavam os sedimentos, mudanças periódicas no nível da água, provocadas tanto pelo efeito de maré como pela oscilação da crosta terrestre, exporiam temporariamente os topos dos sedimentos recém-depositados. Logo, dinossauros sobreviventes em áreas inundadas ou refugiados em terras mais altas buscariam escalar os sedimentos expostos para fugir do iminente afogamento. As fêmeas, grávidas e estressadas, podem ter colocado seus ovos às pressas na superfície do sedimento explicando o padrão não compatível com o comportamento dos répteis (de enterrar os ovos). O ciclo se completaria com um aumento subsequente no nível da água que enterraria os ovos recém-depositados, dando o início ao processo de fossilização. Outros achados nessas camadas, como rachaduras na lama, buracos e formação de canais, são compatíveis com um dilúvio global em que superfícies sedimentares planas foram expostas acima da água por curtos períodos.
Portanto, os fósseis de ovos de dinossauro, além de apontarem para a existência de um dilúvio global, demonstram a luta agônica pela sobrevivência desses impressionantes animais — os dinossauros. Tais fósseis devem nos servir como um lembrete perene do grau de sofrimento que a criação de Deus foi submetida por causa do pecado e rebeldia do mundo destruído pelo dilúvio. Infelizmente, esta geração, assim como os operários que se divertiam jogando bocha com um ovo de dinossauro por total desconhecimento, segue, como Jesus ressaltou, “comendo e bebendo, casando e se dando em casamento” até quando a vinda do Filho do Homem ocorrer. Só que, dessa vez, não vai sobrar um único ovo — ou bola de bocha — para contar a história: “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2Pd 3.10).
Ev. Leandro Boer