Segunda, 11 de Novembro de 2024
   
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Provérbios 12.15

    

Provérbios 12.15

“O caminho do insensato parece-lhe justo, mas o sábio ouve os conselhos” (Pv 12.15 NVI).

Ouvi, certa vez, um jovem ser aconselhado a não pedir desculpas por seus erros, pois isso seria uma demonstração pública de que ele erra. O jovem, estarrecido, disse que não adiantava fingir que não errava, pois todos não somente sabiam que ele errava, como, de fato, viam seus erros. O que era necessário, segundo aquele jovem sábio, é que as pessoas também vissem que ele se arrepende e corrige a falha. O jovem estava certíssimo em não acatar aquele aconselhamento às avessas. De qualquer modo, esse conselho equivocado que presenciei deixou claras tanto a resistência que os seres humanos têm de assumir suas limitações como a tendência a achar que o modo como pensam é infalível.

Salomão conhecia essa tendência e falou sobre ela nesse texto. Segundo ele, o “insensato” avalia seu “caminho” e o classifica como “justo”. Isso quer dizer que não costuma passar pela cabeça do tolo que ele possa estar errado ou que haja um modo melhor que o dele de encarar uma situação. Por isso mesmo, o tolo rejeita conselhos e até se sente diminuído quando alguém lhe faz recomendações sábias. O insensato também reage muito mal a criticas, mesmo que sejam realmente construtivas e bem intencionadas, pois a ideia de que precisa ser corrigido por outras pessoas atinge diretamente seu orgulho.

Por outro lado, o “sábio ouve os conselhos”. O fato de ser sábio imediatamente nos faz estranhar a necessidade de conselheiros, mas isso não é verdade. O próprio rei Salomão, portador de uma sabedoria ímpar concedida por Deus (1Rs 4.29,30), acercava-se de homens sábios capazes de aconselhar (1Rs 12.6). Ele também sabia que os conselhos eram mais saudáveis que os elogios (Pv 27.21). Por isso, qualquer pessoa que quiser ser sábia em seu sentido mais amplo deve estar aberta a críticas e ao aconselhamento. Afinal, “os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem sucedidos quando há muitos conselheiros” (Pv 15.22). Pergunte-se agora como você reage aos conselhos e correções: revoltado por ter o orgulho ferido ou grato a Deus e ao conselheiro por alertá-lo de algo importante?

Pr. Thomas Tronco

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