Terça, 23 de Abril de 2024
   
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A Conversão de um Pecador

Pastoral

Nessa semana minha família teve a tristeza da despedida do meu pai. Ele faleceu na noite de domingo, aos 66 anos de idade. Foi um choque, pois, horas antes, ele participou do culto nos lares, escolheu um corinho, pediu oração e jantou alegremente com os irmãos. O momento de tristeza só foi amenizado por uma realidade maravilhosa: há pouco mais de um ano, ele creu em Cristo como salvador e entregou a ele sua vida. Para a ocasião do seu batismo, que seria no próximo ano, ele deixou escrita sua profissão de fé nos seguintes termos:

“Minha conversão: A minha educação religiosa foi, desde cedo, encaminhada pela minha mãe, católica pouco praticante. Fiz o catecismo e a primeira comunhão. Passou-se o tempo e, apesar de sempre acreditar que Jesus Cristo era salvador, não me senti bem com as condições apresentadas naquela igreja. Encontrei, então, através da outra ponta da família, a Congregação Cristã no Brasil. Eu a frequentei por uns dois anos, até que, não aceitando mais a forma de pregação dos anciões, com seus exageros e imposições chocantes que em nada me pareciam com a doutrina de Cristo, abandonei a denominação. Por casualidade, vim a conhecer o espiritismo, o qual parecia responder minhas dúvidas e as coisas da vida de forma mais clara. Fiquei ali até perceber que não tinham a seriedade que eu imaginava, o que fez com que todas as minhas dúvidas voltassem.

Foi quando meu filho voltou para Atibaia e nos convidou a fazer parte da primeira reunião de oração na casa de um pastor batista, amigo seu. Diante disso, resolvi acompanhar toda a família. Foi muito difícil no começo, pois me sentia muito mal a respeito do cigarro, do qual eu não conseguia passar sem. Mas, com o passar do tempo, minha fé foi aumentando e eu consegui deixar o fumo, após usar medicamentos e muitas orações. Certa noite, meu filho pregou em um culto coisas que pareciam endereçadas a mim e senti uma grande vontade de chorar ao reconhecer que eu era um pecador e que necessitava de perdão, o qual só encontraria em Jesus. Nesse momento, compreendi que eu estava aos pés do Pai e que poderia crer e receber a salvação. Hoje, crendo em Cristo, tenho paz. Ainda cometo muitos erros, mas encontro em Jesus a força e o exemplo para me tornar melhor.”

Olhando para isso tudo, aprendi duas lições. A primeira é que ninguém que rejeite a Cristo encontra a verdadeira paz. Quem conheceu meu pai sabe o quanto ele era aflito e insatisfeito com a vida. Não que a vida lhe fosse ruim. Ao contrário, ele teve uma história de lutas e vitórias, tendo todas as razões do mundo para viver contente. Contudo, eu cresci ao lado de um homem honesto, trabalhador e incansável que não tinha paz em seu coração. Isso o tornava inseguro e o fazia procurar, sem sucesso, respostas para as questões da vida. Com todas as razões seculares para a felicidade, ele vivia nervoso e infeliz. Até que, pela fé, encontrou a Cristo. Imediatamente, pude sentir uma grande diferença vinda do seu interior. As conversas com ele ficaram mais agradáveis. Sua presença ficou mais leve. Apesar do pouco tempo da sua conversão, menos de dois anos, eu me sentia diante de outra pessoa, alguém transformado por Jesus e em paz por ter sido perdoado. Durante seu ministério, Jesus disse várias vezes: “A tua fé te salvou; vai-te em paz” (Lc 7.50b). A salvação em Cristo produz paz nessa vida porque, em primeiro lugar, nos dá paz diante de Deus: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).

A segunda lição é que ninguém que Deus escolheu se perde sem que seja salvo. Meu pai passou por inúmeras ocasiões em que esteve à beira da morte. Em uma delas, ele passou 28 dias na UTI correndo riscos diários de morrer. Quando eu soube do seu estado, dirigi 1.100 quilômetros durante a noite orando todo o tempo para que Deus me concedesse a oportunidade de pregar o Evangelho a ele mais uma vez. Preguei, mas ele não se converteu. Ainda assim, para a surpresa de todos, ele deixou o hospital bem de saúde para correr outros perigos como esse, os quais também não o levaram. Não antes de ele crer em Jesus e ser salvo. Durante todo esse tempo, ele frequentou diversos lugares e, mesmo naqueles que apresentavam a verdade sobre Jesus, sempre manteve suas reservas e até foi “educadamente oposto à pregação”. Mas chegou o dia em que, assim como fez a Paulo no caminho de Damasco, o poderoso Deus derrubou-lhe do seu orgulho e o quebrantou; tirou-lhe as escamas da incredulidade e o salvou. Só então o bondoso e amoroso Pai o chamou para casa, em um dia em que ninguém podia imaginar que ele partisse. Mas partiu para o céu. Jesus, certa vez, disse: “Não perdi nenhum dos que me deste” (Jo 18.9b). Ele nunca os perde. Deus é soberano para cumprir seus planos: “Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.4,5).

E quanto a você: já tem essa paz ou ainda se debate com as questões da vida [e da morte] e busca respostas sem sucesso por toda parte? Para você, seguem as palavras amorosas de Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. [...] Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.6,27). Aceite o convite de crer em Jesus como seu salvador e seja mais um pecador a se converter, ser salvo e ter paz!

Pr. Thomas Tronco

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