Quinta, 25 de Abril de 2024
   
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Interesse Igual

Pastoral

Como advogados, devemos cobrar as consultas dos nossos clientes. É o que exige a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No entanto, vários colegas de profissão já me disseram que, quando percebem que a “causa” não lhes renderá um bom retorno, preferem “descartar” o cliente rapidamente. Para isso, dizem que não trabalham em determinada área e indicam outro profissional. Isso, obviamente, demonstra o claro interesse exclusivamente financeiro de muitos profissionais, o que os faz optar por não “perder” tempo com clientes que não lhes darão retorno financeiro.

Recentemente, li num bom livro (Janelas da Vida, de Mauro Clark) uma meditação a esse respeito. Nele, ficava clara a diferença com que muitas vezes tratamos as pessoas, apesar da clara proibição de Tiago 2.1: “Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com parcialidade”. Tiago 2.8,9 deixa claro que a discriminação entre as pessoas por causa da sua classe social é um empecilho à orientação divina de amar o próximo como a nós mesmos.

Apesar da orientação de Tiago, é muito comum ver tal prática no mundo e, pior, ver esse pecado dentro da igreja, com uma escala de valores que prefere a uns em detrimento de outros. Isso se vê no maior entusiasmo para falar do evangelho a gente importante do que a pessoas do povo. É possível ver essa diferença em nós mesmos. Basta imaginar como ficaríamos animadíssimos com a possibilidade de falar de Cristo para a presidente da República, caso surgisse uma oportunidade, enquanto perdemos inúmeras oportunidades que aparecem de falar a pessoas comuns em um ponto de ônibus, no metrô, no trabalho, ou na escola, por exemplo.

Ficaremos gagos de emoção se o chefe da empresa em que trabalhamos aparecer na igreja a nosso convite; seremos atenciosos e receptivos, os melhores recepcionistas que a igreja teve nos seus setenta anos de existência. Mas, se for a senhorinha que prepara o café na firma, diríamos: “Que bom que a senhora veio, pode se sentar ali”. Converteu-se, no último domingo, aquele ator famoso, que mora perto da igreja. “Que maravilha, glória a Deus!”. E também o rapaz da padaria que sempre lhe serve. “Ah, é?”.

Isso não pode acontecer! Trabalhar pela conversão de almas a Cristo é atividade que deve despertar o mesmo grau de interesse em nossos corações em relação a todas as pessoas. Nessa atividade, não há “bom negócio” e “mau negócio”. Todos são ótimos! Afinal, trata-se de almas eternas, não uma coisa qualquer ou mais um cliente no nosso escritório.

É para pregar o evangelho a um figurão? Perfeito, estou pronto! É para uma pessoa simples? Ótimo, continuo pronto! Que Deus seja louvado na vida de um e de outro! Afinal, os que creem em Cristo para perdão dos seus pecados não são ricos ou pobres, apenas pecadores.

Valdir Jose Marques
Membro da IBR São Paulo
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Igreja Batista Redenção.