Quinta, 25 de Abril de 2024
   
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Os Sons da Enchente

Pastoral

O início de 2011 marcou o município de Atibaia, entre outros, com enchentes que atingiram bairros como nunca se viu antes. Parecia que os noticiários não sabiam o que mostrar primeiro, já que muitos lugares enfrentaram momentos de terror que ainda exibem suas marcas.

Entre tantas histórias tristes, conheci uma pessoa que perdeu tudo que tinha com a enchente que atingiu sua casa. Entre as realidades tristes que ela enfrentou, um relato me intrigou. Ouvi que a água, ao subir e invadir a casa, não faz qualquer barulho. Como a inundação aconteceu durante a noite, qual foi a surpresa dos atingidos quando acordaram com água sobre suas camas? Segundo o que me contaram, a água, que não anuncia sua chegada, sobe rápido e mal dá para reunir os familiares e fugir da casa. Somente dois barulhos se fazem no meio dessa tragédia: o trovão que anuncia o perigo e o desabamento da residência que decreta a destruição.

Há um paralelo muito grande entre essa triste história – história de muita gente – e a realidade do pecado. Esse também surge sem fazer barulho. Vai inundando a vida dos filhos de Deus aos pouquinhos, sem deixá-los tomar conta do perigo que correm. E destrói tudo assim que tem oportunidade.

A Bíblia nos alerta sobre vários pecados que, encontrando guarida e crescendo aos poucos, deixam marcas terríveis. Entre tais perigos estão:

1. A cobiça. Essa tentação toma lugar aos poucos, fazendo o homem se sentir cada vez mais insatisfeito com o que tem e valorizar cada vez mais o que não tem. Um sem-número de pecados surge a partir dessa brecha.

Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg 1.14,15).

2. A mágoa. Pequenos problemas de relacionamento, quando não resolvidos no coração, vão crescendo aos poucos e tornando duras e secas as pessoas que os acolhem até ao ponto de não poderem mais perdoar as ofensas. Isso causa divisão e danos sérios ao corpo de Cristo.

 “[...] nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hb 12.15).

3. A apostasia. Muita gente começa bem no meio daqueles que servem ao Senhor. Mas, sem se precaverem contra as ciladas do inimigo e, talvez, munidos de uma confiança irresponsável que os faz crer que não há necessidade de cautelas contra o pecado, acabam por abandonar o que receberam com alegria (Mc 4.16,17), pelo menos a princípio.

 “Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro” (2Pe 2.20).

Tais são os perigos que surgem sem fazer alarde e acabam causando destruições que são, às vezes, irreparáveis. Diante disso, qual será sua postura? Quando você tomará consciência dos riscos do pecado? Diante do som do “alerta” ou do barulho da “destruição”?

Pr. Thomas Tronco

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