Quinta, 18 de Abril de 2024
   
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A Má Influência dos Ímpios

Pastoral

Certa vez alguém me disse que jamais se limitaria aos padrões da fé evangélica, pois isso o tornaria uma pessoa alienada, incapaz de perceber a realidade à sua volta. Para aquele indivíduo, os crentes são retrógrados e apresentam sérias dificuldades de se desenvolverem intelectualmente.

O sujeito gostava de se gabar diante dos outros dizendo que cria em Deus, mas que “pensava fora da caixa”, visto que era um “pensador livre”, sem amarras, que não estava preso a um livro escrito a dois mil anos por pessoas de um contexto totalmente diferente do seu. Pobre coitado, mal sabia ele o quanto era infeliz, miserável, pobre, cego e nu (Ap 3.17). 

A meu ver, o homem perdido, empenhado na tarefa inútil de buscar o sentido da vida à parte de Deus, é como um hamster prezo em sua gaiola correndo em uma roda. Especialistas dizem que a roda é uma verdadeira válvula de escape para esses animaizinhos que vivem aprisionados, já que esse objeto o ajuda a se acalmar e encontrar um equilíbrio psicofísico.  

Ao se empreender na busca por respostas para os dilemas da vida, os incrédulos se assemelham a esses pequenos animais que gastam boa parte de suas vidas correndo em círculos sem, evidentemente, sair do lugar. Ainda que as falsas respostas que encontrem os acalmem por um instante, o efeito é temporário e logo precisam se lançar novamente à sua busca incessante.   

Contudo, o que causa ainda mais espanto é o fato de que muitas igrejas têm dado ouvidos e até imitado a conduta desses “pensadores livres” dos nossos dias. Comunidades inteiras se deleitam com as ideias dessas “personalidades” que professam crer em Deus, mas que, na verdade, não passam de ímpios com ares de intelectual.  

Sabe-se de pastores que, não satisfeitos em reproduzir seus ensinamentos, também criam eventos especiais para ouvi-los, expondo a si mesmos e suas ovelhas à mentira. No afã de criar a imagem de um “pastor descolado”, “amigão de todos”, esses líderes se corrompem com vãs filosofias e, como guias cegos, fazem outros tropeçarem.  

Paulo dá orientações valiosas sobre os motivos pelos quais os crentes não devem se associar com os ímpios.  Em Efésios 4.17-19 encontramos pelo menos três diretrizes importantes.

Lá está escrito: “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza”. 

Em primeiro lugar, os crentes não devem imitar os ímpios, pois seus pensamentos são frívolos e não possuem valor algum, diz o apóstolo. O povo santo do Senhor não deve se deixar levar pela popularidade, eloquência ou, até mesmo, pela intimidação de homens e mulheres dessa estirpe.  

Muitos se apresentam como seres especiais, dotados de uma inteligência singular e capazes de levar os outros a solucionar qualquer problema. No entanto, além de não causarem nenhum efeito positivo na vida dos que lhes seguem, ainda causam grandes males, especialmente no campo financeiro — já que para participar de suas palestras e cursos não custa pouco.  

A segunda razão para não imitar os ímpios diz respeito ao fato de que eles são como cegos para tudo que é vital, sendo verdadeiros ignorantes quanto a Deus. De fato, são incapazes de compreender verdades espirituais.  

Em Romanos 1.21 lemos que o pensamento de tais pessoas se tornaram fúteis e o coração insensato deles se obscureceu. Ainda que tenham alcançado espaços em uma série de comunidades ditas “evangelísticas”, a verdade é que são estranhos à fé, de maneira que não devem ser seguidos pelos crentes fiéis.  

Em terceiro lugar, no verso dezenove, temos o último motivo para não imitar aqueles que desprezam a fé. Paulo descreve o que é a característica de muitos desses ímpios famosos, que têm suas vidas mergulhadas no pecado e fazem fortuna com seus discursos vazios. Tendo pessoas assim em mente, o apóstolo os denuncia destacando sua perda completa de sensibilidade para tudo que é vergonhoso.  

Trata-se de uma expressão que denota uma condição moral deplorável, marcada por falta de vergonha e culpa pelos pecados que se comete. Não há nada que refreie seus impulsos pecaminosos, pois são totalmente insensíveis. Definitivamente, não há o que ser imitado desses indivíduos. Que Deus livre seu povo da má influência e do engano que é promovido pelos ímpios! 

Pr. Robson Alves

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