Quinta, 18 de Abril de 2024
   
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O Segredo das Baleias

O Brasil é um dos dez melhores países para se avistar baleias como atividade de ecoturismo. O Parque Nacional Marinho de Abrolhos, na Bahia, costuma atrair 90% das baleias jubarte que chegam ao nosso litoral e é, também, o seu grande berço reprodutivo.

No entanto, há outro curioso local para se “avistar” baleias na América do Sul: o grande Deserto do Atacama, no Chile, próximo à cidade portuária de Caldera, a quase 40 metros acima do nível do mar e a mais de 1 quilômetro do oceano! Nesse local, em novembro de 2011, foram encontrados os restos de cerca de oitenta baleias fossilizadas, com cerca de 8 metros de comprimento, das quais mais de vinte exemplares estavam completos. Juntamente com as baleias, foram encontrados outros tipos de mamífero marinho, incluindo um golfinho extinto com presas e um cachalote.

A maioria das baleias foi encontrada com a barriga para cima sugerindo que os animais morreram antes de ocorrer a sedimentação que levou à fossilização. A causa da morte desses animais foi elucidada três anos depois, em 2014, quando pesquisadores publicaram que, juntamente com os fósseis desses animais, encontrou-se uma grande quantidade de algas oceânicas fossilizadas. Essas algas, quando se proliferam por causa do aumento da temperatura e da abundância de nutrientes nas águas — como o ferro —, produzem neurotoxinas fatais que levam à falência dos órgãos e à morte rápida dos animais marinhos.

O relato bíblico do dilúvio é consistente com os achados descritos acima, pois a intensa atividade vulcânica e tectônica debaixo de chuva constante pode explicar o aumento da temperatura das águas e o escoamento de grande quantidade de nutrientes da terra para o mar, favorecendo, assim, a superproliferação de algas que levou à morte das baleias.

O catastrofismo decorrente do dilúvio também pode explicar porque essas baleias foram encontradas acima do nível do mar, no Deserto do Atacama. A característica dos sedimentos nessas bacias chilenas sugere que a deposição ocorreu durante um período de subsidência costeira rápida, que é exatamente o que esperaríamos na segunda parte do dilúvio, quando as bacias oceânicas afundassem, os continentes subissem e as águas da enchente escoassem para o oceano. Essa grande subsidência costeira pode explicar o rápido soterramento das baleias e outras criaturas, pois pouco tempo resta após a morte de um animal para que não se decomponha ou seja comido por outros animais.

O profeta Ezequiel não era paleontólogo. Todavia, foi levado por Deus a um “vale de ossos secos”, não de baleias, mas de seres humanos: “Veio sobre mim a mão do Senhor, e ele me fez sair no Espírito do Senhor, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos” (Ez 37.1). Em todo o capítulo, ao longo dessa visão, entendemos como é confirmado para o profeta a restauração de um Israel “fossilizado” em seu cativeiro babilônico por causa de sua rebeldia e insubmissão ao Deus vivo. Em toda a narrativa, vemos o Deus vivo ordenando que a vida fosse restabelecida, com detalhes vívidos, às pessoas mortas.

Hoje, paleontólogos abrem sepulturas e encontram ali vestígios de morte e sofrimento como o que ocorreu com as baleias no deserto do Chile. Todavia, servimos ao Deus vivo, maior que os paleontólogos, e o único que pode abrir sepulturas e chamar para a vida pecadores antes mortos em seus pecados:

“Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu” (Ez 37.13).

Ev. Leandro Boer

 

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