Sexta, 29 de Março de 2024
   
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Posso Dizer “Feliz Natal”?

Pastoral

alguns anos, começou a ser divulgada nos EUA a ideia de que desejar Feliz Natal a alguém é politicamente incorreto. Pode parecer tolice, mas essa noção foi tão longe que, até nas escolas, os professores passaram a orientar os alunos a não dizer “Feliz Natal” a ninguém, pois, segundo alegavam (e ainda alegam!), dizer isso é uma forma de desrespeito! Afirma-se que a pessoa que deseja Feliz Natal, desconsidera as crenças religiosas distintas dos outros (hinduísmo, islamismo, budismo, etc.) ou até mesmo suas descrenças religiosas, como no caso dos ateus.

Falando dos ateus, é óbvio que essa ideia partiu deles. Nos EUA, os ateus se revoltam quando o poder público investe dinheiro na decoração das ruas na época do Natal e fazem manifestações exigindo que os presépios sejam removidos das praças. Eles alegam (de novo) que tudo isso é falta de respeito pelas pessoas que não comemoram o nascimento de Cristo ou que são absolutamente anticristãs.

Curiosamente, esses mesmos ateus americanos não ficam irritados quando descansam nos domingos (o dia “santo” dos cristãos), nem quando “curtem” o grande feriado cristão de Ação de Graças. Eles também parecem esquecer que, se desfrutam dos benefícios de ter nascido num país rico, isso se deve especialmente ao fato de que os fundadores da nação americana foram os puritanos, ou seja, cristãos convictos, cuja ética bíblica acerca do trabalho, da educação, da família, da propriedade, do governo e da sociedade lançou as bases para muito (ou talvez tudo!) do que os EUA são hoje.

Com efeito, até mesmo a independência americana deve muito ao cristianismo. De fato, foram os pastores puritanos que, de seus púlpitos, pregaram o ideal da independência, conquistando a mente do povo para esse objetivo e contribuindo de forma decisiva para que a América deixasse de ser uma simples colônia britânica. E tem mais: o fato de os EUA ser sede das maiores e melhores universidades do planeta se deve também aos crentes. Foram eles que fundaram as universidades de Harvard e Princeton! Decididamente, se existe alguém no mundo que tem motivos para celebrar o nascimento de Cristo, esse alguém é o cidadão americano, seja ele ateu ou devoto.

Como tudo que é ruim, a tendência de reprovar as palavras “Feliz Natal” chegou agora ao Brasil também. Atualmente, os professores das nossas escolas também estão ensinando os alunos a não usar a velha expressão, tudo em nome do “respeito”. Mas a coisa não para aí. O alvo dos incrédulos são também os símbolos do cristianismo. Faz alguns dias, uma aluna da Universidade Federal de Pernambuco reclamou porque montaram um presépio bem na entrada da faculdade.

Ela escreveu o seguinte numa rede social: “Gostaria de saber por que tem um presépio na entrada da UFPE. Somos todos cristãos, é isso? Porque eu não sou cristã e não tô nem aí para o natal. Será que no dia de Iemanjá será colocada ali uma imagem dela também?” (sic).

Duas perguntas que surgem diante do rancor dessa moça contra a fé cristã são: será que, durante uma emergência, ela aceitaria ser socorrida na Santa Casa, uma instituição cristã? Será que, se fosse vítima da fome e da guerra, ela recusaria a ajuda da Cruz Vermelha, aguardando socorro ateu? A resposta que essa moça recebeu na rede social foi muito inteligente. Alguém disse a ela o seguinte: “As universidades foram uma criação do cristianismo e nada mais justo do que uma homenagem à fé que deu origem a elas. Sua revolta é contra uma vertente religiosa que, ao criar as universidades, permitiu que hoje você faça um curso superior. Quando os adoradores de Iemanjá criarem uma universidade ou uma instituição melhor, aí você põe uma estátua dela lá!”.

Bom, tudo isso serve para ilustrar o quanto os incrédulos nutrem antipatia contra o cristianismo. Sem dúvida, nossa crença é a mais odiada do mundo! Nem contra as seitas mais cruéis e toscas os homens se insurgem com tanto vigor e constância. Por toda parte se vê o esforço dos maus para diminuir o impacto da pessoa de Cristo e da sua mensagem, fazendo o possível para apagar até mesmo sua mais tênue lembrança da mente dos homens.

Quanto a nós, com ou sem presépios, mantemos viva a mensagem do Natal e a chama da felicidade que essa mensagem acendeu em nossa alma. Diferente do que faz no coração dos incrédulos, ela nos alegra, renova nossa esperança e nos enche de paz. “Nasceu o Redentor” — cantamos sorrindo — uma estrela brilhou no céu do Oriente, o povo que andava em trevas viu uma grande luz, o negro e denso véu foi rasgado e a morte começou a morrer. Pode, assim, o mundo inteiro fazer cara feia, resmungar suas mágoas fingidas, inventar seus escrúpulos mentirosos... Nós, de nossa parte, provamos o doce impacto da fé que nos foi dada e, cheios de alegria, sempre desejaremos que os perdidos conheçam o Salvador e tenham, enfim, um “Feliz Natal”.

Pr. Marcos Granconato
Força e Fé
Soli Deo gloria

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