Quinta, 28 de Março de 2024
   
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A Linhagem dos Papas Fofinhos

Pastoral

Não deveria ser surpresa para ninguém que o pináculo da hierarquia da igreja católica é marcado por papas terríveis e infames que macularam profundamente a alegada sucessão apostólica de Pedro. Entre os 266 papas da história há tanta imoralidade, violência e corrupção que não é difícil criar uma lista dos “Top 10 Papas-vilões”. 

Todavia, o objetivo dessa pastoral não é discorrer sobre os papas vilões, mas alertar a respeito de uma nova linhagem de papas que é, sob o aspecto espiritual, igualmente perigosa: os papas “fofinhos”. Ademais, vale lembrar que essa pastoral não foi escrita com o propósito primário de alertar católicos ainda que o valha —, mas aos evangélicos que, por não entenderem os princípios mais elementares da fé cristã, dizem tolices ecumênicas reprováveis.

Sempre houve papas fofinhos na história devido à obesidade que é frequentemente retratada por seus pintores. No entanto, os papas “fofinhos” não são necessariamente rechonchudos. Eles compõem um fenômeno mais recente e as características que os une são adjetivos no grau diminutivo como “bonitinho”, “bonzinho” e “meiguinho”.

A linhagem dos papas “fofinhos” teve início com o Papa João Paulo II, mas o seu aperfeiçoamento tem sido claramente demonstrado pelo atual Papa Francisco I, que tem a “fofura” alavancada pela expansão dos meios de comunicação e das mídias sociais. O mundo tem agora um papa com um discurso demagógico e ambíguo que sacrifica, inclusive, a própria teologia católica. Frequentemente, com seu discurso “conciliatório”, ele deixa temas como homossexualidade e até terrorismo (!) para a Santa Sé se explicar e dizer que “não é bem assim” mas aí o crédito de ovação já foi para a conta do fofo.

É também lamentável ver como o discurso papal afaga comunistas que defendem uma ideologia que busca, entre outras purificações políticas, a erradicação do próprio cristianismo, com clara comprovação histórica. É um papa que parece ter apreciado o efeito que o aplauso tem sobre o coração humano e se mantém inebriado com os seus índices de aprovação popular. Sua agenda se confunde facilmente com as da ONU, da OMS, da Unesco, da Unicef e até do Greenpeace!

Sim, o “Papa é pop” e no mês da Bíblia para os católicos (setembro), ele alcançou um feito inédito para o Vaticano: discursou aos congressistas americanos, logo depois de visitar Cuba. Fez ali um discurso de mais de treze laudas jornalísticas com alertas sobre a paz política mundial dignas de uma candidata a Miss Universo. Versículos? Apenas um — Mateus 7.12 — e, ainda assim, reduzido à categoria de “regra de ouro”, coisa que até os ateus endossam.

Quantas vezes Jesus é mencionado em seu texto? Nenhuma! Um sério deslize para quem é considerado o “Vigário de Cristo” na Terra.

Agora note, por favor: não há mal algum em termos um cristianismo genuíno politizado. Aliás, a própria Escritura apresenta a politização como uma virtude de uma das tribos de Israel: “dos filhos de Issacar, conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos chefes e todos os seus irmãos sob suas ordens” (1Cr 12.32). Ademais, o próprio apóstolo Paulo, embora benjamita, reunia as características de um “filho de Issacar” e, “conhecendo sua época”, portou-se devidamente ante governadores, autoridades, reis e até mesmo Nero (At 25.1-27), sem nunca titubear no conteúdo de sua pregação que confrontava o pecado e conclamava à fé. De fato, o livro de Atos mostra como são os homens de Deus que lidam com a política e a proclamação fiel do evangelho, sem inverter as prioridades da igreja.

Minha oração é que a Igreja de Cristo não seja um instrumento político, mas sim uma comunidade repleta de homens e mulheres politizados que conhecem bem seu propósito magnífico de glorificar a Deus e arrebanhar os eleitos (1Pe 2.9; Ef 1.6,12,14; 2.6-7).

Ev. Leandro Boer

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