Quinta, 25 de Abril de 2024
   
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Suicídio Eclesiástico

Pastoral

A disciplina eclesiástica é a medida tomada pela igreja no sentido de expulsar do seu meio um irmão (ou alguém que se diz irmão) que desobedece teimosamente o ensino bíblico, sem jamais acolher qualquer correção (Mt 18.15-17). Essa expulsão equivale a entregar a pessoa ao poder de Satanás a fim de que, sob esse novo “senhor”, seja acossada por terríveis aflições e, arrependida, volte-se novamente para Deus, submetendo-se à sua Palavra, antes que algo pior aconteça (1Co 5.4-5).

A disciplina é uma medida tão séria que só pode ser aplicada depois que inúmeras tentativas de recuperação da pessoa se mostrarem infrutíferas. Depois de administrada, porém, implica o total afastamento do impenitente, de tal modo que os crentes não mais se relacionem com ele (Mt 18.17; 1Co 5.11). 

A IBR pratica essa forma de disciplina bíblica e, por causa disso, é criticada por muita gente que não entende a eclesiologia do Novo Testamento. De fato, nos escritos dos apóstolos aprendemos que duas são as bases sobre as quais se estabelece a prática da disciplina eclesiástica. São bases descritivas da igreja verdadeira. A primeira é a unidade; a segunda é a pureza.

Sendo a igreja considerada um só corpo, composto de vários e diferentes membros (1Co 12.12), é óbvio que a doença de um compromete a saúde de todos (1Co 5.6). Daqui se depreende que a disciplina bíblica é fundamental para a sobrevivência da igreja. Quando ela não é aplicada, todos os membros são afetados pela doença de um só e a morte do corpo passa a ser apenas uma questão de tempo.

No tocante à segunda base, a pureza, ela é fundamental para a manutenção da identidade do povo de Deus. O mundo é imundo, mas a igreja deve revelar as virtudes de Deus em seu meio (Ef 5.8-13; Fl 2.14-16). Se isso não acontecer, as distinções desaparecerão e a mensagem que pregamos não dará nenhuma evidência de ser verdadeira.

Por tudo isso, a disciplina bíblica, por mais dolorosa que seja, deve ser aplicada quando necessária. Negligenciá-la é um lento suicídio eclesiástico.

Marcos Granconato
Soli Deo gloria
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