Quinta, 28 de Março de 2024
   
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Provérbios 22.26,27

  

Provérbios 22.26,27

“Não seja como aqueles que, com um aperto de mãos, empenham-se com outros e se tornam fiadores de dívidas; se você não tem como pagá-las, por que correr o risco de perder até a cama em que dorme?” (Pv 22.26,27 NVI). 

Há pouco tempo, vi uma propaganda muito interessante na televisão. Um rapaz, acompanhado de um carro todo enfeitado e munido de equipamento de som, detém-se em frente à sacada de uma moça no melhor estilo “serenata”. Então, enquanto ele, bem vestido, faz acenos e sorrisos, o autofalante do carro diz: “Essa é uma mensagem de Carlos Alberto para Ana Cláudia: querida, faz tempo que eu preciso te pedir uma coisa, mas nunca tive coragem. Você quer ser minha...”. Dito isso, o discurso tem uma pausa dramática e tanto a moça como os telespectadores imaginam ser um pedido de casamento. Mas depois da pausa, o discurso revela seu objetivo: “Você quer ser minha... fiadora?”. A resposta negativa da moça é tanto efusiva como engraçada. Trata-se de um comercial de um seguro-fiança.

A questão de ser ou não fiador já foi abordada anteriormente por Salomão (Pv 6.1-5; 11.15; 17.18; 20.16). Ainda assim, ele separa esse tema para introduzi-lo entre este grupo de conselhos sábios. Como em outros casos, o ensino inicia com uma negativa, uma orientação a não agir de determinada maneira, que, nesse caso, é “não seja como aqueles”. Com essa introdução, Salomão citará pessoas que não devem ser imitadas. Essas, em sua tolice, “com um aperto de mãos, empenham-se com outros e se tornam fiadores de dívidas”. Significa que outras pessoas assumem dívidas e apresentam esses tolos como garantia de que, caso o débito não seja pago pelos reais devedores, os fiadores arcarão com a responsabilidade de quitá-la integralmente. Qualquer um, ao ouvir isso, diria: “Nunca serei fiador de um estranho”. Entretanto, as pessoas normalmente não se tornam fiadores de estranhos, mas de parentes e amigos. Ainda assim, o conselho permanece, deixando as pessoas em alguns dilemas sérios.

O principal dilema vem de se sentir responsável por ajudar um amigo ao mesmo tempo que se é inegavelmente responsável por sua própria família. Para resolver essa tensão e as dúvidas ligadas a ela, ainda que as mais bem intencionadas, o escritor diz: “Se você não tem como pagá-las, por que correr o risco de perder até a cama em que dorme?”. Isso quer dizer que um fiador, “obrigatoriamente”, deve dispor integralmente dos recursos necessários para a quitação da dívida e eles não podem ser contados entre seus bens essenciais para a manutenção da vida e do bem-estar dos seus, como sua casa, descrita aqui como “a cama em que dorme”. Portanto, não aceite ser fiador de terceiros. Mas se ser fiador for muito necessário, pense muito bem que impacto haveria sobre você e sua casa caso a dívida não seja paga pelo devedor. Se a resposta for sofrimento, privações essenciais e risco de mais danos futuros, por mais duro que seja, diga “não”! Ao agir assim, você não será um insensível, mas um sábio que é muito sensível ao bem-estar dos seus e à sua responsabilidade para com eles.

Pr. Thomas Tronco

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