Sexta, 19 de Abril de 2024
   
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Provérbios 22.15

  

Provérbios 22.15

“A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela” (Pv 22.15 NVI). 

Quando eu era adolescente, joguei voleibol por vários anos. Naquela época, já havia tênis com solados muito bons, com a aderência necessária à modalidade. Entretanto, eles tinham uma falha séria que acredito não haver mais hoje em dia. A parte traseira do tênis, quando novo, era pouco maleável e machucava muito o calcanhar — era normal dar bolhas. Na verdade, quase todos os calçados eram assim, mas isso se tornava mais perceptível na prática de esportes. A solução era assistir à televisão com o tênis na mão, amaciando a parte do calcanhar até ela amolecer. Aí, aquele problema que já vinha de fábrica era resolvido e o tênis ficava confortável.

Infelizmente, não são apenas calçados que vêm com certos problemas de fábrica. As crianças também vêm com defeitos de nascença. Mas, no caso delas, a falta de maleabilidade é apenas um pequeno traço dentro de um quadro muito mais complexo, descrito como “tolice”. Por isso, longe de isentar a criança de erros, Salomão declara que “a insensatez está ligada ao coração da criança”. É claro que muita gente, ao ouvir algo assim, levanta furiosos protestos sem se lembrar de que elas mesmas se dedicam a ensinar as crianças e cuidar para que estas não façam nada tolo que as prejudique ou ponha em risco sua segurança. Além do mais, qualquer um, mesmo o mais desatento dos homens, é capaz de perceber a rebeldia dos pequeninos na forma de birras completamente desnecessárias. A verdade é que, por causa da inexperiência, mas muito mais por causa do pecado, elas agem como tolos em muitos aspectos.

O que fazer então? Deixar que elas se destruam? Que se machuquem? Que façam coisas que as farão sofrer no presente e no futuro? Que desenvolvam um caráter corrompido? Somente alguém mais tolo que elas acharia que esses seriam caminhos positivos e construtivos. Salomão, em sua sabedoria, não achava isso. Na verdade, ele fala que “a vara da disciplina a livrará dela”, querendo dizer com isso que a correção é o único remédio para eliminar a insensatez que trará tantos problemas ao pequenino. Ele não está defendendo nada parecido com ações violentas e espancamentos, mas uma correção planejada e controlada — por isso, ele sugere a vara, a qual causa alguma dor sem causar ferimentos — que tem a capacidade de corrigir o menino enquanto é tempo e produzir, com o tempo, uma pessoa sábia, educada e tratável. A questão, então, é se você é mais tolo que seu filho a ponto de deixá-lo fazer tudo que ele quiser sem qualquer supervisão ou correção da sua parte. Será que é?

Pr. Thomas Tronco

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