Quinta, 25 de Abril de 2024
   
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Não Fale com Gente Morta

Pastoral

O espiritismo não sai de moda. Especialmente no Brasil, o número de espíritas é imenso, sendo que sua grande maioria é também católica, indo à missa (às vezes) no domingo e frequentando o centro espírita em outro dia da semana.

O cenário religioso brasileiro é, assim, uma prova de que o espiritismo exerce grande fascínio sobre as pessoas. A razão disso está, sem dúvida, em suas propostas que abrangem uma lógica de fácil compreensão, algumas ideias fabulosas e certas doutrinas sobre o além que agradam muito o coração do homem que não conhece o evangelho.

De fato, a lógica do espiritismo é bastante simples. Por exemplo, os espíritas negam a doutrina da Trindade, evitando com isso as dificuldades de um dogma que a mente humana não consegue acolher por meio do mero uso da razão. Eles também insistem na lei da causa e efeito, afirmando que o que o homem faz aqui paga aqui.

Quanto a ideias fabulosas, os espíritas acreditam em vida em outros planetas, despertando a curiosidade das mentes menos privilegiadas. Já no tocante a doutrinas sobre a vida após a morte, eles ensinam que o espírito humano se aperfeiçoa por meio do seu repetido retorno à matéria (reencarnação), tantas vezes quanto isso for necessário. Nesse ponto em particular, a doutrina espírita se revela especialmente atraente porque alivia o coração das pessoas do temor de uma punição eterna — realidade que a Bíblia insiste em afirmar (2Ts 1.9).

O maior atrativo do espiritismo, porém, está na afirmação de que é possível e aceitável entrar em contato com espíritos de pessoas mortas. Acerca disso, ensinam que alguns indivíduos, os médiuns, são dotados de certas capacidades especiais que os habilitam a fazer a ponte entre nós e as almas que já “desencarnaram”. Essa expectativa confere grande esperança para os enlutados que se apegam a essa prática com todo afinco, desejando ardentemente se comunicar com um ente querido que faleceu.

Por mais que essa prática pareça inocente e incapaz de produzir qualquer dano a alguém, o fato é que, na Bíblia, Deus a reprova com toda a veemência. Aliás, sua proibição é uma das mais antigas das Escrituras, sendo alistada entre as abominações que o povo de Israel deveria evitar a todo custo quando entrasse na terra prometida:

“Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por essas abominações o Senhor, teu Deus, os lança de diante de ti” (Dt 18.9-12).

Como se sabe, porém, o povo não obedeceu a essas ordens do Senhor. Até mesmo Saul, o primeiro rei de Israel, caiu no pecado de consultar uma médium e, de acordo com o relato bíblico, foi castigado por Deus com a morte por causa disso. É o que diz 1Crônicas 10.13:

“Assim morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante e não o Senhor, que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé”.

A lição de Saul, contudo, parece não ter sido suficiente para Israel e, por isso, Deus enviou seus profetas para que admoestassem os espíritas da época. Foi Isaías quem, no século 8 a.C., pregou a seguinte mensagem contra os israelitas rebeldes:

“Quando vos disserem: consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem dessa maneira, jamais verão a alva” (Is 8.19,20).

A Escritura não revela porque a prática de consultar mortos é tão odiosa aos olhos de Deus. É bem provável, porém, que a razão disso seja o fato de se tratar de um costume próprio das religiões pagãs que tinham intenso contato com demônios (1Co 10.20,21). Certamente, consultar mortos dava ensejo a que espíritos malignos se manifestassem, fazendo-se passar por almas de pessoas falecidas, enganando, assim, tanto os médiuns como quem os consultava. No fim, todos eram levados para longe da verdade e caíam no desagrado do Senhor como ocorreu com o rei Saul.

Vê-se assim que, por mais que buscar fazer contato com gente falecida pareça uma prática boa e até confortadora, a verdade é que a Bíblia a enumera entre os piores pecados que uma pessoa pode cometer. Isso porque essa prática abre espaço para a ação de demônios perversos que afastam os homens da verdade e os submetem à mais dolorosa escravidão, roubando-lhes a paz e distanciando-os ainda mais do Senhor.

Pr. Marcos Granconato
Soli Deo gloria

Para saber mais sobre o espiritismo à luz das Escrituras, acesse os artigos:

Os Extraterrestres Evoluídos de Allan Kardec

A Inconsistência Científica da Pluralidade das Existências de Allan Kardec 

 

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