Lançando a Rede
empre que penso no tema do Encojovem 2013 (www.encojovem.com.br), associo-o com um dos elementos em evidência da passagem de Mateus 4.18-22, em que Jesus chama Pedro e André para segui-lo. Eles, sem hesitar, atendem ao convite de Cristo para serem pescadores de homens e largam seu instrumento de trabalho e sustento: a rede. Apesar de o trocadilho parecer óbvio (rede de pesca e rede virtual), tenho certeza de que podemos tirar aplicações valiosas dessa narrativa. Ser pescador de homens não tem sentido literal, pois Pedro e André não lançariam suas redes sobre pessoas que passariam nas ruas da Galileia — aliás, isso seria considerado, no mínimo, uma brincadeira de mau gosto por parte dos “peixes” que seriam pescados. Entretanto, como muitas vezes ocorre no relato dos evangelhos, Jesus utiliza de algo comum ao seu público para comunicar uma grande verdade espiritual.
E aqui não foi diferente. “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens” reflete a missão de Cristo dada a seus discípulos, ordem reforçada pelas palavras de Jesus no capítulo 28 de Mateus: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações”. Como se vê, o convite de Cristo era para que aqueles homens “pescassem” pessoas com a mensagem do evangelho e essa comissão foi, afinal, estendida a todos nós, servos e arautos de seu Reino.
Para que uma pesca nos moldes conhecidos por Pedro e André fosse bem sucedida, era necessária a utilização de uma rede. Obviamente, poderiam utilizar algo semelhante a uma vara de pesca, mas isso tornaria o processo muito lento e excessivamente trabalhoso. A rede era o instrumento perfeito.
Resgatando nossa comparação com o tema do Encojovem deste ano, creio que temos também uma rede em nossas mãos, pronta para ser lançada e capturar corações que clamam pela liberdade que só o evangelho traz. Temos conosco a mensagem salvadora que pode trazer paz ao mundo caótico no qual vivemos. E possuímos, como nunca antes na história, um instrumento de alcance global e praticamente instantâneo chamado Internet.
Pesquisas indicam que, entre os brasileiros, as crianças e jovens na faixa etária entre 8 e 17 anos são os internautas que mais gastam tempo na web: em média setenta horas mensais. Diante disso, nos perguntamos qual seria o conteúdo mais acessado na esfera digital? Então, me vêm à mente alguns desenhos animados em que personagens pescam botas velhas e outros utensílios jogados em rios. Sem dúvida alguma, podemos afirmar que muitos jovens têm usado a “rede” para fisgar conteúdo radioativo para a vida cristã, desde piadas infames e sujas até pornografia virtual.
Pergunta-se, então: o que você, pescador de homens, tem feito com a sua rede? Tem “pescado” pessoas por meio de seu testemunho? Tem demonstrado em seus posts quem de fato é senhor de sua vida? Ou tem fisgado pecados que lhe afastam do Deus santo?
Enfim, como você tem usado a rede nesse mar chamado mundo?
Nickolas Ramos Borges