Quinta, 28 de Março de 2024
   
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Estudo 39 - Os Dons Espirituais

 

1 – O QUE SÃO

Uma tarefa importante do Espírito Santo em relação à igreja de Cristo é a “concessão de dons espirituais”.

Dons espirituais são habilidades especiais dadas pelo Espírito Santo aos crentes com a finalidade de edificar a igreja por meio do “serviço” (1Co 12.7). Os dons são vários (1Co 12.4,5) e são distribuídos segundo a vontade de Deus (1Co 12.11).

 

2 – O QUE NÃO SÃO

É necessário fazer alguns alertas sobre características que os dons espirituais “não têm”:

A.  Não depende do lugar onde é usado. O dom pode ser usado dentro ou fora da igreja e em qualquer lugar do mundo;

B.  Não é um cargo. As habilidades advindas do dom não dependem de um cargo, mas também não conferem um cargo automaticamente;

C.  Não visa a um grupo específico. Ninguém tem dom para trabalhar com crianças, jovens ou idosos, nem dom para pregar a índios ou moradores de rua. Os dons podem ser aplicados no trabalho com qualquer grupo;

D.  Não é uma técnica especial. Não há dons espirituais de escrever ou de tocar um instrumento. Essas coisas são técnicas por meio das quais se podem usar os dons.

 

3 – A DISTRIBUIÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS

A.  São distribuídos pelo Cristo ressurreto e glorificado (Ef 4.11);

B.  São distribuídos pelo Espírito Santo segundo sua vontade (1Co 12.11,18);

C.  São distribuídos a todos os cristãos (1Pe 4.10);

D.  São distribuídos ao Corpo de Cristo como um todo (1Co 12.12-27).

 

4 – A DESCRIÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS

Apesar de se defenderem diversas listas de dons (umas maiores, outras menores), a lista abaixo engloba os que são discutidos como “dons espirituais”:

A.  Apostolado (1Co 12.28; e Ef 4.11);

B.  Profecia (Rm 12.6; 1Co 12.10; e Ef 4.11);

C.  Milagres (1Co 12.28) e Curas (1Co 12.9,28,30);

D.  Línguas (1Co 12.10);

E.  Evangelismo (Ef 4.11);

F.   Pastorado (Ef 4.11);

G.  Serviço (Rm 12.7; 1Co 12.28);

H.  Ensino (Rm 12.7; 1Co 12.28);

I.    Fé (1Co 12.9);

J.   Exortação (Rm 12.8);

K.  Discernimento de espíritos (1Co 12.10);

L.   Misericórdia (Rm 12.8);

M.  Contribuição (Rm 12.8);

N.  Administração (Rm 12.8; e 1Co 12.8);

O.  Sabedoria e conhecimento (1Co 12.8).

 

5 – RESSALVAS

A.  Os dons do apostolado e da profecia ficaram restritos ao tempo da fundação da igreja (Ef 2.20). Na verdade, o grupo dos apóstolos foi restrito a apenas 12 homens (Ap 21.14). Esses dons cessaram.

B.  O dom de línguas teve seu uso entre a vinda do Espírito Santo (At 2.4) — após Jesus ter efetivado sua obra por meio da rejeição dos judeus — e a destruição de Jerusalém em 70 A.D. Nesse sentido, o dom agiu como um sinal aos incrédulos do juízo que recairia pela incredulidade e desobediência (1Co 14. 21,22 cf. Dt 28.49). Assim, esse dom cessou.

C.  Nenhuma menção ou inferência há sobre a cessação dos dons de cura e milagres, mas certas considerações devem ser feitas à luz das afirmações contemporâneas sobre eles. Esses prodígios serviram de sinais de identificação e validação dos ministérios de Jesus (Lc 7.18-22) e dos apóstolos (2Co 12.12 cf. Rm 15.18,19). Desse modo, ainda que esses dons possam ter continuado em uso, eles não podem superar a frequência e o impacto do mesmo dom nos ministérios de Jesus e dos apóstolos, caso contrário, eles não seriam credenciais de nada para eles. Portanto, quando Jesus diz “aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará” (Jo 14.12) deve-se compreender a abrangência da missão com qual a igreja foi comissionada, de, recebendo poder, expandir a mensagem do Evangelho a todo mundo (At 1.8).

 

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