Quinta, 25 de Abril de 2024
   
Tamanho do Texto

Pesquisar

A Luta para Acabar com o Cristianismo

Pastoral

Nessa semana, o mundo ficou chocado ao ver imagens de um incêndio tomando e destruindo a famosa catedral de Notre Dame, na França. Em meio a prantos de cristãos e comemorações de muçulmanos, o mundo assistiu a estruturas enormes do edifício do século 12 desabarem e virarem cinza. Apesar da religiosidade discutível praticada naquele local, sua foto em chamas reflete bem o desprezo do mundo por tudo que leve o nome de Cristo.

Na verdade, isso não vem de hoje. Nessa mesma catedral, em 1804, Napoleão Bonaparte, em sua coroação imperial, quebrou o protocolo e, em vez de se ajoelhar diante do papa Pio VII a fim de receber a coroa, ele mesmo a tomou e pôs sobre sua cabeça, fazendo do papa mero espectador da cerimônia. A intenção de Bonaparte era clara: demonstrar ao mundo que ele não se sujeitava à igreja, a qual devia apenas ser desprezada e rejeitada pelas pessoas.

Bem, a época de Napoleão despontou como aquela em que o mundo, mais que antes, passou a desprezar Deus de modo sistemático até chegar a declarar a inexistência do Senhor. Nossos dias terríveis experimentam as consequências da incredulidade do ser humano, que se insurgiu de modo institucional contra qualquer coisa que lembre nosso salvador.

Esse impulso pode ser notado em várias frentes. Uma delas é a perseguição contra a Bíblia e seu ensino. O que antes servia de referência de moral, valores e conduta ética, hoje é pintado como instrumento de preconceito, ódio, opressão e de um monte de “fobias” difícil de alistar. Enquanto o conhecimento bíblico era tido, no passado, como exemplo de cultura e erudição, hoje é visto como fonte de ignorância, falta de visão e credulidade tola em coisas absurdas.

Outra frente de perseguição é a família nos moldes criados por Deus. Se no passado essa luta surgia na forma do incentivo ao adultério e ao divórcio, atualmente se dá no apoio a mudanças de sexo, na multiplicidade de relacionamentos, nas formas mais distorcidas e bizarras de sexo e em tipos de união que jamais foram imaginadas até pouco tempo. Tudo é possível e correto na visão do mundo, menos o casamento de um homem e uma mulher — ainda que, de modo hipócrita, muitos perseguidores do casamento sejam assim casados. Enquanto o casamento e a igreja são desprezados, “casais” do mesmo sexo, por exemplo, fazem questão de se casar na igreja, numa disposição que lembra a de Antíoco IV, que mandou sacrificar uma porca no templo de Deus, em Jerusalém, a fim de profaná-lo.

O valor da vida constitui mais uma frente da perseguição do mundo aos valores cristãos. É possível notar isso quando se percebe a diferença de impacto que causa a morte de animais em alguma parte do planeta e o assassinato de cristãos por causa da sua fé em diversos países. Enquanto a morte de um cão em um supermercado vira caso de polícia e notícia de várias semanas, o extermínio de cristãos pelo mundo mal é noticiado, menos ainda lamentado. Percebe-se a mesma disparidade quando caçar um animal é proibido, mas abortar uma criança prestes a nascer é permitido, defendido e pintado como prova de amor à vida.

Essa lista, nada exaustiva, serve bem para ilustrar o nível de comprometimento que o mundo tem para lutar e acabar com o cristianismo, com seus valores, com seu modo de vida e até com sua lembrança. Também fica claro que os alvos individuais dessa perseguição miram um objetivo maior, que é a própria fé cristã.

Em épocas de tantos discursos de “resistência”, a pergunta é: como a igreja verdadeira de Cristo resiste a uma perseguição tão árdua, desonesta, maligna, injusta e traiçoeira? Será que deve responder tais ataques com outros da mesma natureza? Atacar e difamar pessoas de outras crenças? Queimar seus lugares de culto? Odiá-los com a mesma intensidade? A resposta é um sonoro “não”! O cristianismo não resiste ao mundo desse jeito. Seus métodos de resistência sempre foram opostos a tudo que se espera de alguém injustamente atacado.

Em lugar disso, os cristãos resistem estudando as Escrituras. Elas ensinam que é normal o mundo nos odiar por causa de Cristo (Jo 15.18), que nossa vida tem, mesmo, muitas aflições (Jo 16.33), mas que nosso Senhor jamais nos abandona (Mt 28.20; Jo 10.28). Os cristãos também resistem frequentando assiduamente os ajuntamentos santos do povo de Deus, no qual se exortam mutuamente (Cl 3.16; Hb 3.13), usam seus dons espirituais para a edificação do corpo de Cristo (1Co 12.4-7; 14.12; Ef 4.12), disciplinam os pecados e desvios (Mt 18.15-17) e adoram ao seu Senhor (1Co 1.2). Ainda, os cristãos resistem defendendo a verdade ensinada por Deus (1Tm 3.15), vivendo-a firmemente diante do mundo perdido (Ef 4.1; Fp 1.27; Cl 1.10) e pregando o evangelho da salvação em Cristo aos perdidos (Mt 28.19-20). Resumindo, os cristãos resistem ao fazer tudo que o Senhor ensinou e ordenou enquanto o mundo os persegue justamente para que parem de fazer tais coisas.

Outra pergunta é: será que é possível vencer o mundo nessa batalha? A resposta, dessa vez, é um sonoro “sim”, seguido da razão pela qual tal luta nunca será vencida pelo mundo, nas palavras de Jesus: “Edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).

Pr. Thomas Tronco

Este site é melhor visualizado em Mozilla Firefox, Google Chrome ou Opera.
© Copyright 2009, todos os direitos reservados.
Igreja Batista Redenção.