Sexta, 19 de Abril de 2024
   
Tamanho do Texto

Pesquisar

Lute por sua Família!

Pastoral

Há uma expressão usada por meus pastores de que gosto bastante. Em situações desafiadoras que colocam em risco até mesmo sua integridade física e que, invariavelmente, exigem grandes sacrifícios, eles dizem: “Eu cairei atirando!”. A ideia presente nessa expressão retrata a disposição e a coragem de um soldado que não retrocede diante do inimigo. Alguém que não cessa o ataque mesmo diante de um exército poderosamente armado. Mostra a coragem e a determinação de um combatente que luta até o fim e que nunca, mesmo sob o risco de perder a vida, desistirá da batalha. A determinação desse homem o fará guerrear mesmo machucado, de modo que, se cair devido aos ferimentos, ele o fará atirando.

Hoje em dia, vivemos em um verdadeiro campo de guerra. Não há, na história da humanidade, relatos de um conflito tão terrível e duradouro. Muitos historiadores consideram a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) a mais longa de todos os tempos. A partir da Idade Média, dizem eles, não houve disputa que tenha durado tanto.

O embate a que me refiro, porém, já dura milênios. Para ser mais exato, ele dura desde a queda retratada em Genesis 3. O inimigo não dá tréguas. Ele é astuto, incansável e obstinado. Pedro o compara a um leão que está sempre preparado para devorar os mais desatentos (1Pe 5.8). Ele vem para matar, roubar e destruir (Jo 10.10). Nós não o vemos, mas sabemos bem para onde seus canhões estão apontados: a família.

A família segundo o modelo bíblico está sob ameaça. Os casos de divórcio se multiplicam. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que um em cada três casamentos termina em divórcio em nosso país. Esse índice não afeta somente as partes envolvidas, mas traz danos especialmente aos filhos e a toda a sociedade.

Outro fator que tem contribuído para o esfacelamento da família é o sexo fora do casamento. Como bem disse Andreas J. Kostenberger, em seu livro Deus, Casamento e Família, "uma vez que não ocorre no contexto seguro de um compromisso exclusivo e vitalício, o sexo fora do casamento cobra um alto preço daqueles que se envolvem em adultério ou em outras formas de relacionamento sexual ilícito. Gravidez na adolescência e aborto são os exemplos mais óbvios".

Podemos mencionar, ainda, o homossexualismo como mais uma ameaça contra a família. Além de ser uma prática abominável, filhos que vivem em um ambiente cujos parceiros são do mesmo sexo crescem sem referenciais. Não é sem razão que Deus considera essa prática como algo infame (Rm 1.26-27). Sabe-se de igrejas ditas “cristãs” cujos pastores e membros são, declaradamente, homossexuais. Eles se gabam de ser uma comunidade inclusiva e aberta à diversidade, especialmente relacionada à orientação de gênero. Para justificar suas mazelas, dizem que a Bíblia deve ser interpretada com base, exclusivamente, na cultura presente. Desse modo, a intenção original dos autores da Sagrada Escritura é irrelevante do ponto de vista doutrinário. 

Diante desse cenário caótico, devemos lutar por nossas famílias. Esse embate, todavia, não é comum, nem feito com armas convencionais. Afinal, não se trata de uma luta contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais (Ef 6.12). Sabemos da força do nosso adversário e de seu poder de destruição. No entanto, o nosso General é o grande Senhor dos exércitos. Não há o que temer.

Sendo a Palavra de Deus nosso manual de fé e conduta, precisamos nos apropriar dela como um instrumento de batalha. Maridos, lembrem-se do seu papel de líder do lar e não sejam omissos quanto a isso. Amem suas esposas, criem seus filhos com disciplina e governem bem suas casas (Ef 5.25; Tm 2.4). Esposas, não se deixem levar pelas vozes deste século, como, por exemplo, a do feminismo. Sejam submissas a seus maridos, agindo como auxiliadoras idôneas (Gn 2.18; Ef 5.22). Sua submissão não as faz inferiores. Lembrem-se que Cristo também se submeteu à vontade do Pai e, nem por isso, deixou de ser Deus Todo-poderoso. Filhos, não sejam uma vergonha para seus pais. Comportem-se com obediência e respeito a eles (Ef 6.1-3).

Assim, faremos frente ao grande oponente da família. Sabemos que nossa missão não é fácil, mas não recuaremos e nem, tampouco, baixaremos a guarda. Muitas vezes nos sentiremos cansados e abatidos, mas, nesses momentos, suplicaremos pelo auxilio do Senhor e fortaleceremos uns aos outros com a força que Deus supre. Mas se, ainda assim, formos atingidos e cairmos, cairemos atirando!

Robson Maciel Alves

 

Este site é melhor visualizado em Mozilla Firefox, Google Chrome ou Opera.
© Copyright 2009, todos os direitos reservados.
Igreja Batista Redenção.