Quarta, 24 de Abril de 2024
   
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Barrados no Baile

É muito difícil imaginar o que seria da medicina sem a técnica da ressonância magnética, um exame não invasivo, com baixa frequência de efeitos colaterais, que não usa radiação ionizante e que gera imagens de alta definição para o auxílio ao diagnóstico em diversas áreas terapêuticas. Quantas vidas foram salvas por meio do diagnóstico oriundo da ressonância magnética? Quantas orações por enfermos foram respondidas por meio da ressonância magnética? Não seria a ressonância magnética motivo para o mundialmente conhecido Prêmio Nobel?! E foi.

Em 2003, o Prêmio Nobel de Medicina foi para o campo da descoberta da ressonância magnética diagnóstica. O prêmio foi compartilhado por dois cientistas, Dr. Paul Lauterbur e Sir Peter Mansfield. Lauterbur desenvolveu técnicas para produzir imagens a partir de escaneamentos e Mansfield refinou as técnicas para torná-las mais práticas. Mas será que não haveria espaço para um terceiro homenageado, visto que até três pessoas podem compartilhar o prêmio Nobel? Sim, haveria. Entretanto, o inventor e pioneiro da ressonância magnética é cristão e criacionista.

O “barrado no baile” foi o Dr. Raymond Damadian, o primeiro a apontar, em um artigo de referência de 1971 na Science (baseado em experimentos envolvendo ratos de laboratório), que a ressonância magnética poderia ser usada para distinguir entre tecido saudável e canceroso. As notas do próprio homenageado, Lauterbur, indicam que ele foi inspirado pelo trabalho de Damadian!

Damadian recebeu a Medalha Nacional de Tecnologia dos Estados Unidos. Ele também foi introduzido no Hall da Fama dos Inventores Nacionais, ao lado de Thomas Edison, Alexander Graham Bell e os irmãos Wright, onde recebeu a medalha Lincoln-Edison. Como experimentalista, o Dr. Damadian teve de superar a zombaria dos físicos teóricos. Contra muita oposição, ele construiu o primeiro scanner de ressonância magnética. A primeira imagem de ressonância magnética de um tórax humano vivo foi feita com essa máquina em 3 de julho de 1977. O protótipo está agora em exposição permanente no Salão de Ciências Médicas da Smithsonian Institution. Em 1972, Damadian apresentou a primeira patente para a ressonância magnética.  

A comunidade científica busca fingir que não há preconceitos contra os cristãos criacionistas no “mundo da ciência”. De fato, alguns editores deixaram bem claro que farão grandes esforços para manter seus respectivos periódicos livres de tais “influências corrompidas”. Como exemplo, um renomado anticriacionista canadense, Michael Ruse, escreve sobre sua preocupação. Sua hipótese sobre o motivo da rejeição de Damadian foi sua crença. “Damadian é um cristão”, diz Ruse, cujas crenças incluem o relato de Gênesis sobre a criação: “Adão e Eva, os primeiros humanos, o dilúvio universal e todo o resto”. Ruse diz que, aos olhos do comitê do Nobel, “já é ruim o suficiente que tais pessoas existam, quanto mais dar a elas um status adicional e um pedestal para pregar”.

Apesar disso tudo ser considerado injusto por nós cristãos, sabemos que não há surpresas nesse comportamento do Comitê do Nobel. Damadian não é maior do que seu Senhor, Jesus Cristo. Se perseguiram Cristo, também perseguirão Damadian (Jo 15.20).

Não podemos nos esquecer que vivemos em uma “geração adúltera e pecadora” e só há uma expectativa para os filhos de Deus: gloriar-se na zombaria que recebemos por causa de nossa fidelidade a Jesus Cristo (Mc 8.38). Devemos sempre nos lembrar que é infinitamente melhor ter nosso nome no Livro da Vida do Cordeiro (Ap 13.8) do que na Calçada da Fama em Hollywood, que é pisada e suja todos os dias.

Infelizmente, Damadian não teve a oportunidade de participar do suntuoso banquete do Prêmio Nobel. Todavia, ele já está convidado para um banquete muito mais excelente: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19.9).

Ev. Leandro Boer

 

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